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segunda-feira, 18 de março de 2013

Resumo do livro: Desvendando os Segredos da Linguagem Corporal (de: Allan e Barbara Pease)


Há três classes de movimentos observáveis: os faciais, gesticulares e os de postura. Embora possamos categorizar estes tipos de movimentos, a verdade é que estão fortemente entrelaçados, e muito freqüentemente se torna difícil dar um significado a um, prescindindo dos outros.
A interpretação da postura
A postura é a chave não verbal mais fácil de descobrir, e observá-la pode ser muito interessante.
Acredita-se que duas pessoas que compartilham um mesmo ponto de vista, acabam compartilhando também uma mesma postura.
Da mesma maneira que as posturas congruentes expressam acordo, as não congruentes podem ser utilizadas para estabelecer distâncias psicológicas.
Um investigador observou que quando um homem se inclina levemente para frente, com as Costas um pouco encurvadas, provavelmente simpatiza com a pessoa que está com ele.

O conjunto de gestos
Um dos enganos mais graves que um novato na linguagem do corpo pode cometer é interpretar um gesto isolado de outros e das circunstâncias. Coçar a cabeça, por exemplo, pode significar muitas coisas: caspa, piolhos, suor, insegurança, esquecimento ou mentira, em função de outros gestos que se façam simultaneamente. Para chegar a conclusões acertadas, deveremos observar os gestos em seu conjunto.
Como qualquer outra linguagem, o do corpo tem também palavras, frases e pontuação. Cada gesto é como uma só palavra e uma palavra pode ter vários significados. Só quando a palavra forma parte de uma frase, pode se saber seu significado correto.
A pessoa perceptiva é a que lê bem as frases não verbais e as compara com as expressas verbalmente. Evidências de que o que escuta analisa criticamente o que fala, são proporcionadas pelas pernas muito cruzadas e o braço cruzado sobre o peito (defesa), enquanto a cabeça e o queixo estão um pouco inclinados para baixo (hostilidade). A "frase não verbal" diz algo assim como "eu não gosto do que está dizendo e não estou de acordo".
Além de considerar o conjunto dos gestos e de ter em conta a congruência entre o que é dito e o movimento corporal, todos os gestos devem ser considerados dentro do contexto em que se produzem. Por exemplo, se alguém estiver de pé na parada do ônibus, com os braços e as pernas cruzados e o queixo baixo, em um dia de inverno, o mais provável é que tenha frio e não que esteja na defensiva. Mas se essa pessoa faz os mesmos gestos quando está sentada em frente a um homem, com uma mesa entre os dois, e esse homem está tentando convencer o outro de algo, de lhe vender uma idéia, um produto ou um serviço, a interpretação correta é que a pessoa está na defensiva e com atitude negativa.
Se uma menina de cinco anos diz uma mentira a seus pais, tapará imediatamente a boca com uma ou as duas mãos. O gesto indica aos pais que a menina mentiu e esse gesto continua sendo usado toda a vida, variando somente sua velocidade.
Quando a adolescente diz uma mentira, também leva a mão à boca como a menina de
cinco anos, mas, em lugar de tapá-la bruscamente, seus dedos como que roçam sua boca.
O gesto de tapar a boca se torna mais refinado na idade adulta.
Quando o adulto diz uma mentira, o cérebro ordena à mão que tampe a boca para bloquear a saída das palavras falsas, como ocorria com a menina e a adolescente, mas no último momento, tira a mão da boca e o resultado é um gesto tocando o nariz. Esse gesto não é mais que a versão refinada, adulta, do gesto de tampar a boca que se usou na infância. Isto serve de exemplo para mostrar que quando um indivíduo se faz maior, muitos de seus gestos se tornam mais elaborados e menos óbvios. É mais difícil identificar as atitudes de quem os faz.
A PALMA DA MÃO
O gesto de exibir as palmas das mãos sempre foi associado com a verdade, a honestidade, a lealdade e a deferência.
Na vida cotidiana, as pessoas usam duas posições fundamentais das palmas das mãos: palmas para cima na posição do mendigo que pede dinheiro ou comida, e a outra é a das palmas para baixo como se tratasse de se conter, de manter algo. Quando alguém deseja ser franco e honesto, levanta uma ou ambas as palmas para a outra pessoa e diz algo assim como: "vou ser franco com você".
A palma para cima é um gesto não ameaçador que denota submissão.
Quando alguém coloca a palma para baixo adquire imediatamente autoridade.
A pessoa receptora sente que está lhe dando uma ordem.
A palma fechada em um punho, com o dedo assinalando a direção, é o plano
simbólico com que um ordena ao que o escuta para fazer que lhe obedeça.
AS MÃOS NO ROSTO
Como se pode saber que alguém está mentindo? Reconhecer os gestos de engano pode ser uma das habilidades mais importantes que se pode adquirir. Quais são os sinais que delatam os mentirosos?
As posições das mãos no roso são a base dos gestos humanos para enganar.
Em outras palavras, quando vemos, dizemos ou escutamos uma mentira, freqüentemente tentamos tampar os olhos, a boca ou os ouvidos com as mãos.
Quando alguém faz um gesto de levar as mãos ao rosto nem sempre significa que está mentindo, mas indica que esta pessoa pode estar enganando. A observação ulterior de outros grupos de gestos pode confirmar as suspeitas. É importante não interpretar isoladamente os gestos com as mãos no rosto.
O guardião da boca
Tampar a boca é um dos gestos tão óbvios nos adultos como nas crianças. A mão cobre a boca e o polegar se aperta contra a bochecha, quando o cérebro ordena, em forma subconsciente, que se suprimam as palavras enganosas que acabam de se dizer. Às vezes, o gesto se faz tampando a boca com alguns dedos ou com o punho, mas o significado é o mesmo. Se a pessoa que está falando usa este gesto, denota que está dizendo uma mentira.
Tocar o nariz
O gesto de tocar o nariz é, essencialmente, uma versão dissimulada de tocar a boca. Pode consistir em ficar roçando suavemente debaixo do nariz ou pode ser um toque rápido e quase imperceptível.
Uma explicação da origem do gesto de tocar o nariz é que, quando a mente tem o pensamento negativo, o subconsciente ordena à mão que tampe a boca, mas, no último instante, para que não seja um gesto tão óbvio, a mão se retira da boca e toca rapidamente o nariz. Outra explicação é que mentir produz coceira nas delicadas terminações nervosas do nariz e, para que passe, se faz necessário esfregálo.
Esfregar o olho
O gesto representa a tentativa do cérebro de bloquear a visão do engano ou de evitar ter que olhar a face da pessoa a quem se está mentindo.
O mesmo acontece com o esfregar a orelha. É a tentativa de quem escuta de "não ouvir o mau", de bloquear as palavras de mentira.
Esfregar o pescoço
O gesto indica dúvida, incerteza, e é característico da pessoa que diz:
"Não sei se estou de acordo". É muito notório quando a linguagem verbal contradiz o gesto; por exemplo, quando a pessoa diz: "Entendo como se sente".
Algumas pessoas quando dizem uma mentira e suspeitam que foram descobertas,
realizam o gesto de puxar o colarinho da camisa.
Se perceber isso, pode lhe pedir que repita ou que explique novamente o que falou.
Os dedos na boca
O gesto da pessoa que fica os dedos na boca quando se sente pressionada é a tentativa inconsciente da pessoa de voltar para a segurança do recém-nascido que suga o peito materno. A criança substitui o peito da mãe pelo polegar, e o adulto não fica com os dedos na boca, mas substitui por inserir nela coisas como cigarros, lapiseiras, etc.
Embora quase todos os gestos feitos com as mãos no rosto expressem mentira ou desilusão, meter os dedos na boca é uma manifestação de necessidade de segurança. É adequado dar garantias e segurança à pessoa que faz este gesto.
Os braços defendem
OS GESTOS COM OS BRAÇOS CRUZADOS
Esconder-se detrás de uma barreira é uma resposta humana normal que aprendemos em tenra idade para nos proteger.
Ao cruzar um ou os dois braços sobre o peito se forma uma barreira que, em essência, é a tentativa de deixar fora de nós a ameaça pendente ou as circunstâncias indesejáveis.
Cruzamento de braços dissimulado
É usado por pessoas que estão continuamente expostas ao público, como políticos, vendedores, etc. que não desejam que o publico perceba que estão nervosas ou inseguras. Em vez de cruzar diretamente um braço sobre o outro, uma mão sustenta uma bolsa, segura o relógio, o punho da camisa, etc.
Desta maneira se forma a barreira e se obtém a sensação de segurança.
AS POSIÇÕES FUNDAMENTAIS DA CABEÇA
Há três posições básicas da cabeça. A cabeça para cima é adotada pela pessoa que tem atitude neutra em relação ao que esta escutando. Quando a cabeça se inclina para um lado significa uma demonstração de interesse. Quando esta cabeça inclinada para baixo assinala que a atitude é negativa e até oposta.
indicadores
Às vezes a pessoa com a qual se está conversando adota a postura de ter a cabeça olhando para nós mas o corpo e os pés apontando para a saída ou para outra pessoa. Isso esta mostrando a direção que a pessoa queria tomar.
A possibilidade de fingir
Uma pergunta que se escuta com freqüência é: "É possível fingir na linguagem do corpo?" A resposta geral é "não", porque a falta de congruência se manifestaria entre os gestos principais, os microsinais do corpo e a linguagem falada. Por exemplo: as palmas à vista se associam à honestidade, mas quando o farsante abre as palmas para fora e sorri enquanto diz uma mentira, os microgestos o delatam.
Podem contrair as pupilas ou levantar uma sobrancelha, ou uma comissura pode tremer, e esses sinais contradizem o gesto de exibir as palmas das mãos e o sorriso "sincero". O resultado é que o ouvinte tende a não acreditar no que o farsante está dizendo.

Autor: FSantanna

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