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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Aplicativo atua como rede social para denunciar problemas na cidade e auxilia na gestão pública do local

14/01/2014 14h46min  |  Marina Lopes

| Outros


Crédito: Divulgação

O aplicativo funciona como uma espécie de rede social voltada para cidadania


Crédito: Marina Lopes

Para utilizar a plataforma, o usuário deve fazer o login com a sua conta do Facebook

O dentista Tiago Valença estava passando pela Rua Dona Maria Vieira, localizada no bairro Ilha do Retiro, em Recife, quando percebeu a existência de um buraco na via e decidiu compartilhar a informação. Tirou uma foto e postou no Colab, aplicativo que funciona como uma espécie de rede social voltada para cidadania. Algum tempo depois, a situação estava resolvida. Assim como ele, outros 50 mil usuários decidiram entrar na rede para relatar problemas de suas cidades, propor novos projetos e avaliar serviços públicos.

A ideia do aplicativo Colab surgiu com a proposta de criar uma gestão colaborativa da cidade. Após conversas com gestores públicos, urbanistas, arquitetos e cidadãos, a plataforma foi lançada em março de 2013. Com pouco tempo de uso, já acumulou bons resultados, como o prêmio de melhor aplicativo urbano do mundo, no AppMyCity, e o vencedor na categoria tecnologia, da 2ª edição do Prêmio Cidadão Sustentável.

“A gente queria conectar as pessoas com as cidade”, explicou Gustavo Maia, empreendedor e especialista em marketing político. Ao lado de outros quatro sócios, Paulo Pandolfi, Josemando Sobral, Bruno Aracaty e Vitor Guedes, ele começou a idealizar o Colab. Segundo Maia, a intenção era unir pessoas com um interesse comum e servir de comunicação entre o cidadão e a prefeitura. “A gente lançou a ideia primeiro em Recife, abriu para Pernambuco e, logo em seguida, expandiu para todas as cidades do Brasil”.

O Colab funciona como um rede social, em que o usuário faz a sua postagem e também pode interagir com os problemas relatados por outros cidadãos. “Eu acho que esse aplicativo facilita o link [com a prefeitura] e apresenta uma direção de como reclamar de alguma coisa. Às vezes, você posta no Facebook uma reclamação e fica sem respostas”, afirmou o adepto Valença, que utiliza a plataforma há três meses.

Entre os temas mais frequentes no Colab, estão os problemas de mobilidade urbana e calçadas irregulares. De acordo com empreendedor Gustavo Maia, as denúncias compartilhadas pelos usuários são encaminhadas aos órgãos públicos responsáveis. “No Colab o buraco [ou outro problema] vem geolocalizado, mostrando a foto, quem postou, o números de pessoas que já viram aquela situação e estão se relacionando com ela”, contou.

“Para o setor público, no começo a gente era visto como uma ameaça”, lembrou. No entanto, o empreendedor acredita que o papel do aplicativo é facilitar o caminho para que as pessoas possam informar onde estão as dificuldades que elas estão se relacionando diariamente. “O problema é o buraco que está na rua. Não é a pessoa tirar uma foto para simplesmente mostrar”, comentou.    

O aplicativo é gratuito e está disponível para sistema Android e IOS. Para desenvolver a plataforma, foram investidos aproximadamente R$ 500 mil. Atualmente, o Colab está inscrito em um fundo de tecnologia que tem aportado dinheiro e sustentado a iniciativa. De acordo com Maia, eles estão estudando algumas formas de retorno financeiro com a ferramenta.
     Serviço:
Colab: http://colab.re/

Copiado de: Senac Setor 3-
link: http://www.setor3.com.br/jsp/default.jsp?tab=00002&newsID=a6445.htm&subTab=00000&uf=&local=&l=&template=58.dwt&unit=&sectid=185&testeira=33&sub=3

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Até Quando...


Um ano da tragédia da boate Kiss;
Um aniversário que ninguém gostaria de comemorar;
Mas que não pode ser esquecido;
Num pais de tantas vergonhas, esta é mais uma que temos que suportar;
Até quando o dito orgulho de ser brasileiro, vai ser só seleção e carnaval?
Até quando, os pais chorarão sozinhos a dor de suas perdas?
E assim, continuamos perdendo a cada canetaço do congresso, a cada enchente no Rio de Janeiro, a cada assalto, bala perdida, a cada tragédia.
E você sem nada fazer para melhorar o mundo.
Até quando?

Autor: Fernando Sant'Anna

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Policia Civil de Mata.RS, realiza palestra para os agentes de saúde do município.


Nesta sexta-feira dia 24.01.2014, em evento "Semana de Capacitação dos Agentes Comunitários de Saúde", realizado pela Secretaria de Saúde da cidade de Mata, o Delegado Othelo Saldanha Caiaffo e o Escrivão Fernando Sant'Anna, da DP de Mata, ministraram palestra sobre como identificar sinais de violência intra familiar, para os agentes de saúde do município. 

Fonte: Delegacia de Polícia de Mata. PC.RS

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Uso de algemas passará pela deliberação da CDH


14/01/2014

O emprego de algemas em todo o território nacional poderá ser regulamentado mediante projeto que a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) vota este ano no Senado. Do ex-senador Demóstenes Torres (GO), o projeto (PLS 185/2004) será decidido na forma de substitutivo que tem parecer favorável do relator, senador Magno Malta (PR-ES).

Quando apresentou o projeto, em 2004, Demóstenes Torres alegou que a iniciativa vinha suprir uma lacuna no ordenamento jurídico nacional, em razão da omissão do Poder Executivo em regulamentar a matéria. Ele dizia que se via com frequência os direitos fundamentais dos presos serem afrontados, principalmente quando, sob o foco da mídia, sem necessidade concreta, as algemas eram usadas como meio de propaganda policial ou política, expondo o indivíduo à curiosidade popular.

Em 2008, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovou emenda substitutiva a esse projeto, alterando o texto para distinguir situações de flagrante delito, transporte, condução, transferência e relocação de presos. Na ocasião, a matéria foi adequada à Súmula Vinculante 11 do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo a qual “só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros”.

No parecer que defende junto à CAS, Magno Malta diz que “nada justifica o uso de algemas quando a medida se revela desnecessária, tola e midiática”. Em sua opinião, as algemas tornaram-se regra, quando deveriam ser exceção, e passaram a representar uma espécie de ritual degradante da prisão.

“Os presos são expostos, como troféus, ao julgamento do público. A medida deixa de ser um expediente de segurança para tornar-se um ato de humilhação. Com efeito, a proposição trata de disciplinar o emprego das algemas, estabelecendo normas gerais que compatibilizam a aplicação dessa medida com os direitos fundamentais do preso, pugnando pelo uso racional dos meios e instrumentos de constrição da liberdade”, diz ainda o relator.
Se aprovado, o projeto ainda vai à deliberação da Câmara.

Fonte: Portal de Notícias da Agência Senado

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Aventuras de Cosme e Damião. PM.RJ

Navegando pelo site da PM.RJ, encontrei este material incrível. São uma séria de histórias em quadrinho intituladas “ As Aventuras de Comes e Damião” que descrevem o cotidiano do trabalho policial, de uma forma bastante realista. O texto é claro, simples e direto, além do visual das histórias ser excelente! ( Os links para as histórias estão abaixo)


http://www.policiamilitar.rj.gov.br/cosme-damiao_pdf/primeira-edicao.pdf

http://www.policiamilitar.rj.gov.br/cosme-damiao_pdf/cosme-damiao-segunda-edicao.pdf

http://www.policiamilitar.rj.gov.br/cosme-damiao_pdf/3edicao.pdf

http://www.policiamilitar.rj.gov.br/cosme-damiao_pdf/cosme-damiao-4.pdf

http://www.policiamilitar.rj.gov.br/cosme-damiao_pdf/5edicao.pdf

http://www.policiamilitar.rj.gov.br/cosme-damiao_pdf/6edicao.pdf

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Secretaria da Segurança Pública de São Paulo lança aplicativo para localizar unidades policiais


por Yuri Camargo - Quarta-feira, 13 de Novembro de 2013

O aplicativo, ainda em versão beta, pode ser baixado pelo site da SSP
Secretaria da Segurança Pública de São Paulo lança aplicativo para localizar unidades policiais
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) lançou uma ferramenta para facilitar o acesso da população à polícia. O aplicativo “Unidades Policiais de São Paulo”, desenvolvido exclusivamente para aparelhos móveis, como smartphones e tablets, ajuda a encontrar as quase 4.000 unidades policiais do Estado, como Delegacias da Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Batalhões da Polícia Militar.

Por meio de um mapa e localização via satélite, é possível encontrar cada unidade e checar informações como endereço, telefone e e-mail. Também há a possibilidade de fazer buscas a partir do endereço da unidade.

O aplicativo, ainda em versão beta, funciona com o sistema operacional Android e pode ser baixado gratuitamente pelo site da SSP.

“Inicialmente lançaremos o serviço no site da SSP, e disponibilizaremos o aplicativo para download em celular. Uma pessoa que eventualmente seja vítima de um crime terá mais facilidade e poderá localizar rapidamente a unidade policial mais próxima”, afirma o coordenador do Grupo de Tecnologia da Informação (GTI) da SSP, Wellington Bastos de Carvalho. 

[ Mais recursos até a Copa ]
A equipe do GTI já trabalha em uma nova versão do aplicativo, que terá recursos adicionais. “A nova versão terá a possibilidade de traçar rotas entre endereços e vamos incluir a localização de Consulados”, diz Wellington. 

Os novos recursos tiveram como atenção especial a Copa do Mundo de 2014, que terá seu jogo de abertura na Capital paulista. De qualquer lugar com acesso à internet o turista que virá a São Paulo poderá se guiar usando o aplicativo para celular. 

A Polícia Civil de São Paulo conta com uma divisão especializada para atender esse público: a Divisão Especial de Atendimento ao Turista (Deatur), do Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas (Decade).

Para instalar o aplicativo no seu tablet ou smartphone Android, baixe o aquivo .apk abaixo e siga as instruções.
Unidades Policiais de São PauloUnidades Policiais de São Paulo
by Secretaria da Segurança Pública (SSP) Unidades Policiais de São Paulo
Loja de Aplicativos
1. Caso tenha realizado o download no computador, transfira-o para o tablet ou smartphone;
2. Localize onde o arquivo foi salvo no dispositivo;
3. Clique no arquivo;
4. O sistema perguntará se deseja instalar, clique em Sim;
5. Finalizada a instalação, o aplicativo estará pronto para uso.

Observação: Pode ser necessária a seleção da opção "Fontes Desconhecidas", geralmente localizada nas Configurações de Segurança do aparelho.

fonte: http://mobilexpert.com.br/apps/materias/6433/secretaria-da-seguranca-publica-de-sao-paulo-lanca-aplicativo-para-localizar-unidades-policiais

Polícia Civil Gaúcha divulga calendário preliminar de eventos no Litoral


Publicado em 04/01/2014 

A Polícia Civil realiza, desde dia 16/12/13, uma série de reuniões com Prefeituras Municipais, SESC, Delegacias de Polícia, veículos de comunicação do litoral e ONGS para preparar e realizar os eventos da Instituição no litoral do Estado. Como resultado, além dos eventos já realizados, segue o calendário atualizado de cronograma de eventos para as próximas semanas.

05.01, 9h, CAPÃO DA CANOA - Minirrústica em frente ao quiosque do SESC à beira mar.
10.01, 10h, CAPÃO DA CANOA - Oficina de Conscientização para o Trânsito – Miniviaturas da Polícia Civil – junto ao espaço do antigo Baronda.
11.01, 9h30min, CAPÃO DA CANOA - apresentação dos cães do DENARC, junto ao quiosque do SESC.
11.01, 17h, CAPÃO DA CANOA - “Cãominhada” (Caminhada dos veranistas com seus “pets”) junto ao quiosque do SESC.
12.01, 9h, TRAMANDAÍ - apresentação dos cães do DENARC e Minirrústica em frente junto ao quiosque do SESC à beira mar.
12.01, 17h, TRAMANDAÍ - “Cãominhada” (Caminhada dos veranistas com seus “pets”) junto ao quiosque do SESC.
19.01, 9h, BALNEÁRIO PINHAL - Minirrústica em frente ao quiosque do SESC à beira mar.
26.01, 9h, TORRES - Minirrústica e Vôlei para Melhor Idade (Cambio) junto ao quiosque do SESC à beira mar.
15.02, 15h, TORRES - Oficina de Conscientização para o Trânsito – Miniviaturas da Polícia Civil; 19h30, Passeio Sobre Rodas com o SESC.
Há ainda eventos previstos para as praias de Cidreira, Cassino, Atlântida, Imbé, São Lourenço do Sul, entre outras.

fonte: PC.RS

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Batalha das Galinhas


A tempos estávamos tentando pegar Argemiro, mas nunca conseguíamos muita coisa.  O cara estava sempre metido em rolo, mas o máximo que conseguíamos era fazer alguns TCs (Termos circunstanciados), por Dano, Ameaça, Injúria, alguma lesão corporal leve. Ele passava aprontando e era temido na cidade, pois, tinha fama de machão, brigador, sempre que mandávamos os TCs pro Foro, ele ameaçava as vitimas e testemunhas; e acabava saindo de lombo liso. Por fim por medo dele, muitos nem registravam ocorrência.
Era grande a conversa na cidade de estar metido em abigeato, vender carne para bolichos no interior e até para algum mercado na cidade, e até um caminhão boiadeiro havia comprado a pouco, o que aumentava mais as suspeitas; além de comentários de trazer drogas de fora da cidade.
Já que apesar das conversas de esquina, ninguém botava isso no papel. Conseguimos alguns informações anonimas e pedimos uma escuta. Mais de mês ouvindo ligações para as amantes, marcando encontros, esquemas e orgias. Chegava a estar com uma irmã, e cantar a outra, era um cara de pau o tal do Argemiro.
Mas de produtivo muito pouco, o cara era esperto, para negócios mais arriscados ou tinha outro telefone, ou falava pessoalmente. A única coisa que pegamos foi ele combinar de fazer uma rinha de galo em sua propriedade. Já era alguma coisa. Sabendo da rinha, podíamos bater na casa dele, e pegar alguma droga, ou arma para fazer o flagrante. A colega que estava com a escuta falou com o delegado, e foi marcada a operação para o dia da rinha, “Operação Galo Fino”.
Então num domingão de sol a pino, saímos eu e a colega, bem cedo. Ficaríamos de campana, observando as pessoas chegarem na propriedade, depois, nos encontraríamos com o restante da equipe para “estourar” a rinha.
Tivemos que subir um cerro bagual, e ficar em cima de uma pedra, debaixo de solaço gaúcho, para podermos observar de binóculos a movimentação na propriedade.  Ficamos mais de hora lá, vestidos de preto dos pés  cabeça (vestimenta operacional) torrando no sol,  para ver meia duzia de carros passar. Pela escuta parecia que a rinha ia ser grande, mais de 100 pessoas, mas pelo visto algo deu errado, pouca movimentação. Mas mesmo assim, nos encontramos com o restante do pessoal, haviam umas 20 viaturas, mais de 50 Papa Charlies. Fiquei na equipe do fundão, em qualquer operação é indispensável “fazer o fundo”. Aprendi isso com um delegado antigo. E realmente nesses casos sempre tem algum vago que foge pelos fundos, e se não fizer o fundo, alguém acaba escapando.
As viaturas saíram e lá fui eu mais três atravessar um mato de eucalipto bem espeço, passar uma “sanga”, depois subir uma “coxilha” para chegar a propriedade. Mal chegamos no alto, e começou “Tau”, “Tau”. “Tau” (tiros). Atrás daquele eucalipto não tinha com saber quem estava atirando, muito menos de onde. Aceleramos o passo, mas com cuidado andando em torno do mato, até que começamos a avistar um bando de gente correndo, alguns virando em perna, descendo um barranco pro outro lado, e outros vindos em nossa direção. Não sabíamos se estavam armados ou não. Atirar ou não atirar? Na duvida, prefiro sempre não atirar, melhor esperar que matar um inocente. Passa um fujão na minha frente, mando parar; não para. Grito de novo. Nada. Só parou quando dei um tiro próximo dos pés dele. Se não vai na educação, vai no susto. Deixo este sob custodia do colega que vem de trás, pois já estava vendo outra figura conhecida logo adiante. É Argemiro fugindo com carregando algo nas mãos. Grito: -Levanta as mãos, levanta as mãos!. E ele: - Não posso, se não os galo briga. Quase não me contive quando avistei direito a cena. Ele com um galo em cada mão, e não queria soltá-los no chão para não brigarem. Que peça rara....
Dei voz de prisão, e os colegas de trás chegaram, até que avistamos aquele outro bando, uns correndo e outros rolando morro abaixo, e alguns colegas atrás. Deixei Argemiro com os colegas, e lá me fui. Sai já uns 500 metros atrás, mas acelerei, deixando cair minha perneira, que impedia que corresse direito. Esse é o problema de se encher de badulaque tático, se precisar correr, não tem como.
Cheguei junto de dois outros policias que já estavam em volta de um banhado onde uns três outra quatro, haviam e escondido. Batemos os matos, mas muita gente já tinha se evadido do local. Avistei um mais a cima, e sai correndo atrás, já estava se folego, e quando me aproximava ele corria, e assim fomos, até que ele pegou uma motocicleta que estava atrás de uma árvore e se mandou (assim não vale). Resolvi voltar, e na passada, ouvi uma voz dizendo, eu me rendo não atira. Até que mais um saiu do mato com as mãos pra cima. Pegamos uns três no mato, mas muitos fugiram, e retornamos sujos, suados, embarrados, para agrupar com o restante do pessoal. Ao reunir vimos o saldo da ação, 20 presos, a maioria pessoas idosas, pois, quem conseguiu correr fugiu. Pegamos algumas armas sem registro, muitos artefatos para rinha de galo, além de mais de 100 galos.
Na DP juntamos fizemos o flagrante, e enquanto isso eu custodiava os velhinhos da outra sala. O mais engraçado foi ouvir um dizer: - Que, que eu vou fazer agora? To velho, já não posso joga bola, namora não consigo mais, agora nem brinca de rinha posso mais.
Nesse dia foi isso, muita correria, troca de tiros, mas pelo menos conseguimos desmanchar a rinha. Pior foram os dias que se seguiram, operação acabada. Quem iria carregar todos aqueles galos? Eu e meus colegas. Alguns galos estavam em armários, grandes de madeira, mais de 20 galos em cada, e outros em gaiolas menores. E pior o caminhão da prefeitura que conseguimos era de transportar areia, não baixava a carroceria. Os galos que estavam nas gaiolas avulsas, tivemos que pegar, e atar as pernas e colocar no caminhão. Fora algumas bicadas nas mãos, não foi tão difícil. O pior ainda estava por vir, ainda tínhamos que erguer aqueles armários pesadíssimos, para cima do caminhão. O jeito foi erguer a muque e colocar no caminhão (aí se foi meu ciático). Quando pensava que o trabalho estava acabado, disse o delegado. Temos que pegar as matrizes também. Matrizes? Me aponta ele umas 10 galinhas, magrinhas, irmã gemeá de saracura, que estavam soltas num terreiro próximo. E quem disse que pegávamos? Eramos em 5 mais ou menos, eu, outro colega, o motorista, e dois operários da prefeitura, correndo feito uns tontos para pegar aqueles bichos, mil vezes mais rápidos e ágeis do que nós (cena tipo coiote e papa-léguas), e naquele momento acredito que até espertos, pois, parecíamos uns idiotas correndo atrás das galinhas, foi tombo pra tudo que é lado.  E o velho Maneco, pai do Argemiro, de braços cruzados, dando gaitadas da cena que via. Cinco barbados se estabacando para pegar umas galinhazinhas. Tanto nos viu sofrer, sem muito exito, que decidiu ajudar, e como é gaúcho da lida do campo, bem fácil pegou as bichinhas. Tem coisa para as quais diploma universitário não te serve de nada, uma delas é pegar galinha a unha, a outra é abrir porteira (mas essas são outras conversas...).
 Findada a batalha das galinhas, levamos o bicharedo para outra propriedade, onde ficariam até  a decisão judicial. Quer dizer deixamos os galos vivos, pois, no caminho, em cima do caminhão, muito brigaram, se machucaram e alguns morreram. Oh! bicho tinhoso o tal galo de rinha. Não da pra botar dois juntos que brigam, não sei se pela natureza ou pelo treinamento. Mas enfim foi esse o saldo, 20 velhinhos respondendo por crueldade contra os animais, Argemiro ficou preso por uns dias, aquela rinha acabou, e dentre penas e bicadas, quase todo mundo saiu ileso, com exceção dos galos, que conforme soube, após terem sido entregues a outro criador, acabaram virando rizoto.