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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Treze reflexões sobre polícia e direitos humanos


Produto do autoritarismo vigente no país entre 1964 e 1984 a sociedade  cindiu com a policia como se a última não fizesse parte da primeira.
Aproximar a policia das ONGs que atuam com Direitos Humanos, e vice-versa, é tarefa impostergável para que possamos viver, a médio prazo, em uma nação que respire “cultura de cidadania.

1.CIDADANIA, DIMENSÃO PRIMEIRA:1ª - O policial é, antes de tudo um cidadão, e na cidadania deve nutrir sua razão de ser;

2. POLICIAL: CIDADÃO QUALIFICADO: tem, portanto, a missão de ser uma
espécie de “porta voz” popular do conjunto de autoridades das diversas áreas do poder.

3.POLICIAL: PEDAGOGO DA CIDADANIA
 Há, assim, uma dimensão pedagógica no agir policial que, como em outras profissões de suporte público, antecede as próprias especificidades de sua especialidade. Os paradigmas contemporâneos na área da educação nos obrigam a repensar o agente educacional de forma mais includente. No passado, esse papel estava reservado unicamente aos pais, professores e especialistas em educação. Hoje é preciso incluir com primazia no rol pedagógico também outras profissões irrecusavelmente formadoras de opinião:
médicos, advogados, jornalistas e policiais, por exemplo. O policial, assim, à luz desses paradigmas educacionais mais abrangentes, é um pleno e legitimo
educador. Essa dimensão é inabdicável e reveste de profunda nobreza a função policial, quando conscientemente explicitada através de comportamentos e atitudes.

4.A IMPORTÂNCIA DA AUTO-ESTIMA PESSOAL E INSTITUCIONAL
O reconhecimento dessa “dimensão pedagógica” é, seguramente, o caminho mais rápido e eficaz para a reconquista da abalada auto-estima policial. Note-se que os vínculos de respeito e solidariedade só podem constituir-se sobre uma boa base de auto-estima. A experiência primária do “querer-se bem” é fundamental para possibilitar o conhecimento de como chegar a “querer bem o outro”. Não podemos viver para fora o que não vivemos para dentro.
Em nível pessoal, é fundamental que o cidadão policial sinta-se motivado e orgulhoso de sua profissão.
Resgatar, pois, o pedagogo que há em cada policial, é permitir a ressignificação da importância social da polícia, com a conseqüente consciência da nobreza e da dignidade dessa missão.

5. POLÍCIA E ‘SUPEREGO’ SOCIAL
 Essa “dimensão pedagógica”, não exime a polícia de sua função técnica de intervir preventivamente no cotidiano e repressivamente em momentos de crise, uma vez que democracia nenhuma se sustenta sem a contenção do crime.
A polícia é, portanto, uma espécie de superego social indispensável em culturas urbanas, complexas e de interesses conflitantes, contenedora do óbvio caos a que estaríamos expostos na absurda hipótese de sua inexistência.

6. RIGOR versus VIOLÊNCIA
O uso legítimo da força não se confunde, contudo, com truculência.
A fronteira entre a força e a violência é delimitada, no campo formal, pela lei, no campo racional pela necessidade técnica e, no campo moral, pelo antagonismo que deve reger a metodologia de policiais e criminosos.

7. METODOLOGIAS ANTAGÔNICAS
Dessa forma, mesmo ao reprimir, o policial oferece uma visualização pedagógica, ao antagonizar-se aos procedimentos do crime.
Em termos de inconsciente coletivo, o policial exerce função educativa arquetípica: deve ser “o mocinho”, com procedimentos e atitudes coerentes com a “firmeza moralmente reta”, oposta radicalmente aos desvios perversos do outro arquétipo que se lhe contrapõe: o bandido.
Ao olhar para uns e outros, é preciso que a sociedade perceba claramente as diferenças metodológicas ou a “confusão arquetípica” intensificará sua crise de moralidade, incrementando a ciranda da violência. Isso significa que a violência policial é geradora de mais violência da qual, mui comumente, o próprio policial torna-se a vítima.
Ao policial, portanto, não cabe ser cruel com os cruéis, vingativo contra os anti-sociais, hediondo com os hediondos. Apenas estaria com isso, liberando, licenciando a sociedade para fazer o mesmo. Não se ensina a respeitar desrespeitando, não se pode educar para preservar a vida matando, não importa quem seja.

8. A ‘VISIBILIDADE MORAL’ DA POLÍCIA: IMPORTÂNCIA DO EXEMPLO
Essa dimensão “testemunhal”, exemplar, pedagógica, que o policial carrega irrecusavelmente é, possivelmente, mais marcante na vida da população do que a própria intervenção do educador por ofício, o professor.
Por essa razão é que uma intervenção incorreta funda marcas traumáticas por anos ou até pela vida inteira, assim como a ação do “bom policial” será sempre lembrada com satisfação e conforto.
Curiosamente, um significativo número de policiais não consegue perceber com clareza a enorme importância que têm para a sociedade, talvez por não haverem refletido suficientemente a respeito dessa peculiaridade do impacto
emocional do seu agir sobre a clientela. Justamente aí reside a maior força pedagógica da polícia, a grande chave para a redescoberta de seu valor e o resgate de sua auto-estima.
Zelar pela ordem pública é, assim, acima de tudo, dar exemplo de conduta fortemente baseada em princípios.

9. “ÉTICA” CORPORATIVA versus ÉTICA CIDADÃ
Essa consciência da auto-importância obriga o policial a abdicar de qualquer lógica corporativista. Ter identidade com a polícia, amar a corporação da
qual participa, coisas essas desejáveis, não se podem confundir, em momento algum, com acobertar práticas abomináveis.
Ao contrário, a verdadeira identidade policial exige do sujeito um permanente zelo pela “limpeza” da instituição da qual participa.
Um verdadeiro policial, ciente de seu valor social, será o primeiro interessado no “expurgo” dos maus profissionais, dos corruptos, dos torturadores, dos psicopatas. Sabe que o lugar deles não é polícia, pois, além do dano social que causam, prejudicam o equilíbrio psicológico de todo o conjunto da corporação e inundam os meios de comunicação social com um marketing que denigre o esforço heróico de todos aqueles outros que cumprem corretamente sua espinhosa missão.

10. CRITÉRIOS DE SELEÇÃO- PERMANÊNCIA E ACOMPANHAMENTO
A permissão para o uso da força, das armas, do direito a decidir sobre a vida e a morte, exercem irresistível atração à perversidade, ao delírio onipotente, à loucura articulada.
Os processos de seleção de policiais devem tornar-se cada vez mais rígidos no bloqueio à entrada desse tipo de gente. Igualmente, é nefasta a falta de um maior acompanhamento psicológico aos policiais já na ativa.
A polícia é chamada a cuidar dos piores dramas da população e nisso reside um componente desequilibrador.
Quem cuida da polícia?
Os governos, de maneira geral, estruturam pobremente os serviços de atendimento psicológico aos policiais e aproveitam muito mal os policiais diplomados nas áreas de saúde mental.
Evidentemente, se os critérios de seleção e permanência devem tornar-se cada vez mais exigentes, espera-se que o Estado cuide também de retribuir com salários cada vez mais dignos.

11. DIREITOS HUMANOS DOS POLICIAIS — HUMILHAÇÃO versus HIERARQUIA
Mesmo que isso não se justifique, sabemos que policiais maltratados internamente tendem a descontar sua agressividade sobre o cidadão.
Evidentemente, polícia não funciona sem hierarquia.
Há, contudo, clara distinção entre hierarquia e humilhação, entre ordem e perversidade.
Essa permissividade na violação interna dos Direitos Humanos dos policiais pode dar guarida à ação de personalidades sádicas e depravadas, que usam sua autoridade superior como cobertura para o exercício de suas doenças.
A verdadeira hierarquia só pode ser exercida com base na lei e na lógica, longe, portanto, do personalismo e do autoritarismo doentios.
O respeito aos superiores não pode ser imposto na base da humilhação e do medo. Não pode haver respeito unilateral, como não pode haver respeito sem admiração. Não podemos respeitar aqueles a quem odiamos.

12. FALTA DE HIERARQUIA
No extremo oposto, a debilidade hierárquica é também um mal. Pode passar uma imagem de descaso e desordem no serviço público, além de enredar na malha confusa da burocracia toda a prática policial.
A falta de uma Lei Orgânica Nacional para a polícia civil, por exemplo, pode propiciar um desvio fragmentador dessa instituição, amparando uma tendência de definição de conduta, em alguns casos, pela mera junção, em “colcha de retalhos”, do conjunto das práticas de suas delegacias.

13. A FORMAÇÃO DOS POLICIAIS
Esta formação deve privilegiar a formação do juízo moral, as ciências humanísticas e a tecnologia como contraponto de eficácia à incompetência da força bruta.
Um bom currículo e professores habilitados não apenas nos conhecimentos técnicos, mas igualmente nas artes didáticas e no relacionamento interpessoal, são fundamentais para a geração de policiais que atuem com base na lei e na ordem hierárquica, mas também na autonomia moral e intelectual. Do policial contemporâneo, mesmo o de mais simples escalão, se exigirá, cada vez mais, discernimento, valores éticos e condução rápida de processos de raciocínio na tomada de decisões.

CONCLUSÃO
A polícia, tem tudo para ser altamente respeitada e valorizada. Para tanto, precisa resgatar a consciência da importância de seu papel social e, por conseguinte, a auto-estima.
O policial, pela natural autoridade moral que porta, tem o potencial de ser o mais marcante promotor dos Direitos Humanos, revertendo o quadro de descrédito social e qualificando-se como um personagem central da democracia. As organizações não-governamentais que ainda não descobriram a força e a importância do policial como agente de transformação, devem abrir-se, urgentemente, a isso, sob pena de, aferradas a velhos paradigmas, perderem o concurso da ação impactante desse ator social.
Resenha do texto do Professor Mozart. Curso de Direito PMERJ

Agentes norte-americanos são recebidos pela Polícia Civil em Cruz Alta

 Representantes da Embaixada Americana em Brasília e do Consulado Americano no Rio de Janeiro visitaram, nesta quarta-feira (27/02), a Polícia Civil em Cruz Alta.
Três agentes norte-americanos foram recebidos pelo Delegado de Polícia Regional de Cruz Alta da 5ª RP e policiais civis da DPR, para troca de informações e estreitamento de laços, já que que um militar daquele país irá para Cruz Alta fazer intercâmbio e cursar a Escola de Aperfeiçoamento de Sargentos do Exército Brasileiro

Opinião: ótima inciativa, este intercambio deveria ser cada vez mais frequente, e que o aperfeiçoamento de policiais brasileiros no exterior fosse mais comum e melhor divulgado.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A Psicologia da Mentira

"Quem tiver olhos para ver e ouvidos atentos pode convencer-se de que nenhum mortal é capaz de manter segredo. Se os lábios estiverem silenciosos, a pessoa ficará batendo os dedos na mesa e trairá a si mesma, suando por cada um dos seus poros!"
Sigmund Freud
Sabemos que a honestidade é à base de qualquer relacionamento humano. Mas, muitas vezes, as pessoas deixam de ser honestas conosco. É de grande valor estar ciente das verdadeiras intenções de alguém, e isso vai lhe poupar tempo, dinheiro e energia.
O que você vai ler abaixo é baseado no resultado de anos de estudos na área do comportamento humano; principalmente do trabalho do Dr. David J. Lieberman - um renomado Ph.D. em Psicologia e Hipnoterapeuta - em seu livro: "Never be lied again", o qual me influenciou imensamente na produção deste material. Lembro que não são meramente técnicas para se descobrir a verdade, mas sim técnicas poderosas e eficazes, os quais são utilizadas mundialmente por entrevistadores e interrogadores experientes.
Chegou a hora de saber as reais intenções das pessoas e impedir que elas tirem vantagem de você!
Apresento-lhe os 30 sinais de uma mentira. O corpo nos revela a verdade.
Estudos demonstraram que numa apresentação diante de um grupo de pessoas, 55% do impacto são determinadas pela linguagem corporal - postura, gestos e contato visual -
38% pelo tom de voz e apenas 7% pelo conteúdo da apresentação (Mehrabian e Ferris, "Inference of attitudes from noverbal communication in two channels", in The Journal of Counselling Psychology, vol. 31, 1967, pp. 248-52).
Podemos concluir que não é o que dizemos, mas como dizemos, que faz a diferença. Sabendo disso, podemos usar a observação para nos ajudar a descobrir a verdade.
1. A pessoa fará pouco ou nenhum contato direto nos olhos;
2. A expressão física será limitada, com poucos movimentos dos braços e das mãos. Quando tais movimentos ocorrem, eles parecem rígidos e mecânicos. As mãos, os braços e as pernas tendem a ficar encolhidos contra o corpo e a pessoa ocupa menos espaço;
3. Uma ou ambas as mãos podem ser levadas ao rosto (a mão pode cobrir a boca, indicando que ela não acredita - ou está insegura - no que está dizendo). Também é improvável que a pessoa toque seu peito com um gesto de mão aberta;
4. A fim de parecer mais tranqüila, a pessoa poderá se encolher um pouco;
5. Não há sincronismo entre gestos e palavras;
6. A cabeça se move de modo mecânico;
7. Ocorre o movimento de distanciamento da pessoa para longe de seu acusador, possivelmente em direção à saída;
8. A pessoa que mente reluta em se defrontar com seu acusador e pode virar sua cabeça ou posicionar seu corpo para o lado oposto;
9. O corpo ficará encolhido. É improvável que permaneça ereto;
10. Haverá pouco ou nenhum contato físico por parte da pessoa durante a tentativa de convencê-lo;
11. A pessoa não apontará seu dedo para quem está tentando convencer;
12. Observe para onde os olhos da pessoa se movem na hora da resposta de sua pergunta. Se olhar para cima e à direita, e for destra, tem grandes chances de estar mentindo.
13. Observe o tempo de demora na resposta de sua pergunta. Uma demora na resposta indica que ela está criando a desculpa e em seguida verificando se esta é coerente ou não. A pessoa que mente não consegue responder automaticamente à sua pergunta.
14. A pessoa que mente adquire uma expressão corporal mais relaxada quando você muda de assunto.
15. Se a pessoa ficar tranqüila enquanto você a acusa, então é melhor desconfiar. Dificilmente as pessoas ficam tranqüilas enquanto são acusadas por algo que sabem que são inocentes. A tendência natural do ser humano é manter um certo desespero para provar que é inocente. Por outro lado, a pessoa que mente fica quieta, evitando a todo custo falar de mais detalhes sobre a acusação;
16. Quem mente utilizará as palavras de quem o ouve para afirmar seu ponto de vista;
17. A pessoa que mente continuará acrescentando informações até se certificar de que você se convenceu com o que ela disse;
18. Ela pode ficar de costas para a parede, dando a impressão que mentalmente está pronta para se defender;
19. Em relação à história contada, o mentiroso, geralmente, deixa de mencionar aspectos negativos;
20. Um mentiroso pode estar pronto para responder as suas perguntas, mas ele mesmo não coloca nenhuma questão.
21. A pessoa que mente pode utilizar as seguintes frases para ganhar tempo, a fim de pensar numa resposta (ou como forma de mudar de assunto): "Por que eu mentiria para você?", "Para dizer a verdade...", "Para ser franco...", "De onde você tirou essa idéia?", "Por que está me perguntando uma coisa dessas?", "Poderia repetir a pergunta?", "Eu acho que este não é um bom lugar para se discutir isso", "Podemos falar mais tarde a respeito disso?", "Como se atreve a me perguntar uma coisa dessas?";
22. Ela evita responder, pedindo para você repetir a pergunta, ou então responde com outra pergunta;
23. A pessoa utiliza de humor e sarcasmo para aliviar as preocupações do interlocutor;
24. A pessoa que está mentindo pode corar, transpirar e respirar com dificuldade;
25. O corpo da pessoa mentirosa pode ficar trêmulo: as mãos podem tremer. Se a pessoa estiver escondendo as mãos, isso pode ser uma tentativa de ocultar um tremor incontrolável.
26. Observe a voz. Ela pode falhar e a pessoa pode parecer incoerente;
27. Voz fora do tom: as cordas vocais, como qualquer outro músculo, tendem a ficar enrijecidos quando a pessoa está sob pressão. Isso produzirá um som mais alto.
28. Engolir em seco: a pessoa pode começar a engolir em seco.
29. Pigarrear: Se ela estiver mentindo têm grandes chances de pigarrear enquanto fala com você. Devido à ansiedade, o muco se forma na garganta, e uma pessoa que fala em público, se estiver nervosa, pode pigarrear para limpar a garganta antes de começar a falar.
30. Já reparou que quando estamos convictos do que estamos dizendo, nossas mãos e braços gesticulam, enfatizando nosso ponto de vista e demonstrando forte convicção? A pessoa que mente não consegue fazer isso. Esteja atento.


Material da Psicologia da Mentira Gratuito- do site-www.idealgratis.com/

Algumas dicas de Segurança para o meio rural.

O criminoso sempre prefere aonde é mais fácil.
Procure não deixar animais próximo da cerca à noite;
A redondeza da casa deve ser bem iluminada, evitando a existência de pontos escuros. Uma iluminação, de repente, no meio da noite, diante do barulho pode fazer o ladrão sair correndo;
Fique atento a pessoas ou veículos estranhos rondando sua propriedade, tente anotar a placa.
Evite fazer comentários sobre seus bens, com vizinhos e conhecidos.
Evite acesso de pessoas estranhas a sua propriedade, e a sua casa. Trabalhe sempre com pessoas conhecidas e confiáveis.
** Identifique os empregados:
Saiba quem são eles? De onde vem?  É importante saber o nome do empregado, não apenas seu apelido.
Ter cuidado com negócios muito fáceis e lucrativos.
Nunca deixe a propriedade sozinha. Deixe sempre um caseiro, e se sair avise algum vizinho ou parente próximo de sua confiança.

Tenha em mãos telefones de urgência, tais como Brigada Militar, Polícia Civil, amigos, vizinhos, etc.
Os animais devem ser marcados. Carimbe sua marca em uma folha de papel, para mostrar a polícia.
Todo animal vendido deve seguir com nota fiscal de produtor e a Guia de Trânsito de Animais (GTA);
Não fornecer nota fiscal do produtor a terceiros;
Não instalar o carregador de gado junto à estrada;
Antes de vender o gado procure saber da idoneidade do comprador.
Tão logo notar furto, comparecer junto ao órgão policial para efetuar o registro;
Fornecer o maior número possível de informações às autoridades competentes; como características dos objetos furtados, e possíveis testemunhas;
Preservar o local do crime, até a chegada da polícia.
Denuncie pessoas suspeitas de cometerem delitos, facilite a ação policial; Não compre carne de procedência duvidosa, e em caso de suspeita denuncie.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Proatividade Policial

O sentimento de insegurança, vem crescendo vertiginosamente a cada dia em nosso país. Fruto do aumento dos índices de violência.  Fenômeno ampla e fartamente noticiado por nossa mídia sanguinolenta, que se deleita em estampar nos jornais e noticiários, manchetes dos massacres em São Paulo, de mulheres gravidas mortas por assaltantes, de crianças estupradas, e todo tipo de morbidez produzida  por nossa sociedade. Refletindo assim na descrença geral em nossas instituições governamentais, principalmente na má imagem que o cidadão tem da justiça e policia brasileira.
Imagem esta que foi construída há muito tempo, herança dos tempos da ditadura, que ajudou a construir a visão de uma policia corrupta, violenta e ineficiente, a qual encontrasse profundamente arraigada no inconsciente coletivo Brasileiro, como salienta Marcos Luiz Bretãs, em seu artigo “"Por urna Nova Imagem da Polícia no Brasil: algumas observações", onde cita que:
“o grande problema que a relação policia-comunidade enfrenta hoje é que a imagem constituída está tão firme que as tentativas de modificação nas relações com os grupos sociais são freqüentemente bloqueadas pela expectativa geral de que a policia se comporte de acordo com o estereótipo. A realidade violenta da polícia e a visão que dela tem a população se reforçam mutuamente numa cadeia difícil de quebrar”.
Como mudar esta ótica? Muitos teóricos defendem uma policia mais participativa e menos “demandista”. Demandista aqui entendida na visão de Douglas Roberto Ribeiro de Magalhães Chegury, em seu artigo “A função social da Polícia Civil no estado democrático de direito”, como sendo todos os meios não conciliatórios de soluções para conflitos ou em vias de se constituir:
“Na imensa maioria das vezes, não se trata de autênticos problemas criminais, mas sim de carências sociais não atendidas, cujo não tratamento adequado certamente contribuirá para o surgimento de algum delito. Brigas entre vizinhos, discussões domésticas entre filhos, pais e cônjuges, envolvimento com uso de drogas, o famigerado “crack”, a dependência e o vício do álcool, a falta de gêneros alimentícios, conflitos entre adolescentes, desrespeito em salas de aula, doenças mentais, deficiências físicas, pequenos furtos (insignificância), vias de fato, desentendimentos em bares, carências afetivas, prostituição, traições amorosas, contendas cíveis de natureza consumerista e contratual, enfim, um desfiar de demandas com as quais a autoridade policial trava contato diuturno nos balcões gastos e ensebados de dependências insalubres e abandonadas, como é a regra nos rincões destes brasis...” ;
No Brasil já existem diversas tentativas de participação policial mais próxima a sociedade, tendo como exemplos mais marcantes as UPPS (Unidades de polícia pacificadora) no Rio de Janeiro, e outras iniciativas, como a implantação de policiamento comunitário em algumas regiões:
 “Polícia comunitária é uma filosofia e uma estratégia organizacional que proporciona uma parceria entre a população e a polícia, baseada na premissa de que tanto a polícia quanto a comunidade devem trabalhar juntas para identificar, priorizar e resolver problemas contemporâneos, como crimes, drogas, medos, desordens físicas...”
Iniciativa estas, normalmente ensejada como resposta ao caos social, e medida ultima de combate a criminalidade, como a realidade vivenciada no Rio de Janeiro, onde em contrapartida ao domínio dos morros pelo trafico de drogas, foi necessário a implementação das UPPS e Policiamento Comunitário, como meio de retomar as regiões anteriormente ocupadas, e restabelecer a ordem social. Ao contrário destes casos isolados, acredito que a solução seja uma postura mais pró-ativa da polícia, justificada no esforço de uma maior interação entre esta e a comunidade., visando a prevenção da criminalidade e auxilio na formação  da cidadania  deste indivíduos.
“A erradicação da pobreza e da marginalização, a redução das desigualdades sociais e a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, como objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, autorizam a intervenção da polícia no campo social não apenas como agente da persecução criminal, mas também como agente fomentador da cidadania” (Douglas Roberto Ribeiro de Magalhães Chegury- A função social da Polícia Civil no estado democrático de direito).
Um ótimo exemplo desta policia mais proativa, é o Projeto Mediar, realizado pela policia civil de Minas Gerais, onde,  buscou-se uma alternativa de intervenção policial com vistas à pacificação social e prevenção da violência e da criminalidade. Baseada em “uma nova forma de resolução de conflitos, principalmente na esfera criminal, onde as próprias partes envolvidas num conflito especifico (vítima, infrator e comunidade – primária e/ou secundária) se reúnem e buscam, por meio do diálogo e consenso, e com a ajuda de um facilitador capacitado, a solução do conflito, em que à reparação dos danos (sentido lato) e a reintegração das partes, aparece como medida conveniente para todos (PRUDENTE, 2008).
Estes são alguns exemplos dos tantos que existem no Brasil, e que podem surgir se, basta que quem “pensa policia”, deixe de achar que policia serve apenas para apagar incendio, e passar e planejar uma nova policia, uma policia pensante, atuante, onde o foco deixa de ser única e exclusivamente prender bandido, e passa a ser atender a comunidade, evitando assim que o crime aconteça.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Emprego para o filho

O filho termina o segundo grau e não tem vontade de fazer uma faculdade.A realidade Brasileira.
O pai, meio mão de ferro, dá um apertão:
- Ahh, não quer estudar? Bem, perfeito. Vadio dentro de casa eu não mantenho, então vai trabalhar...

O pai, que tem muitos amigos, fala com um deles, que fala com outro até que ele consegue uma audiência com um político que foi seu colega lá na época de muito tempo atrás:

- Rodriguez!!!! Meu velho amigo!!! Tu te lembra do meu filho? Pois é, terminou o segundo grau e anda meio à toa, não quer estudar. Será que tu não consegue nada pro rapaz não ficar em casa vagabundando?
Aos 3 dias, Rodriguez liga:
- Zé, já tenho. Assessor na Comissão de Saúde no Congresso, R$ 13.700,00 por mês, prá começar.

- Tu tá loco!!!!! O guri recém terminou o colégio, não vai querer estudar mais, consegue algo mais abaixo...
Dois dias depois:

- Zé, secretário de um deputado, salário modesto, R$ 9.800,00, tá bom assim?

- Nãooooo, Rodriguez, algo com um salário menor, eu quero que o guri tenha vontade de estudar depois....Consegue outra coisa.

- Zé, não sei se ele vai aceitar, mas tem um de assessor da câmara, que é só de R$.6.500,00...

- Não, não ainda é muito, aí que ele não estuda mais mesmo..

- Olha Zé, a única coisa que eu posso conseguir é um carguinho de ajudante de arquivo, alguma coisa de informática, mas aí o salário é uma merreca, R$ 3.800,00 por mês e nada mais....

- Rodriguez, isso não, por favor, alguma coisa de 510,00 a 600,00 ou 700,00 no máximo.

- Isso é impossível Zé!

- Mas, por quê?
- PORQUE com este salário aí eu só tenho vaga pra professor e aí precisa de CURSO SUPERIOR, MESTRADO, DOUTORADO ... aí é difícil porque precisa passar em concurso!

obs: É um SPAN, mas pior que é verdade.


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Contos de um policia de campanha- Partido ao meio

Tarde de uma quarta-feira qualquer, e uma senhorinha que mora ao lado da delegacia pergunta se sabíamos da mulher que havia sido partida ao meio por uma motosserra. Achei estranho, pois, ninguém havia nos avisado do fato. Ligamos para o hospital local e informaram que uma senhora, deu entrada cortada por uma motosserra. Falha do hospital que não avisou da ocorrência, mas tudo bem, fomos ver do que se tratava. Em la chegando fomos ao quarto onde estava a vítima. Visão das piores, a mulher já falecida, com um corte imenso, do ombro ao peito. Fora dilacerada. Imagem difícil de digerir, uma mulher de 50 anos, mãe de família, 3 filhos, ali nua, sem vida, deitada com os pudores amostra, numa maca fria de hospital. Ok. Tudo bem, fingi que aquilo era normal, afinal sou polícia. Impossível achar isso normal. Morrer assim serrado, coisa de filme macabro. Não me senti confortável com a situação, não sei se pela nudez da senhora, ou pela tristeza da cena. Apesar de não ter maiores problemas com casos de morte, é claro que de inicio tonteia, atordoa, choca, mas depois que passa o choque, fico elétrico não sei o porquê. Mas como isso? Perguntei à enfermeira. Respondeu que ela caiu sobre a motosserra. O irmão estava cortando lenha, e ela tropeçou e caiu. Que fatalidade! Jeito fútil de morrer. Deixamos a vítima descansar em paz e fomos atrás do irmão. Simplesmente inconsolável. A família toda na verdade. Entre lagrimas o cidadão contou que estava cortando umas ripas no chão, e as escorava com um tijolo e cortava, para construir a casa da Irmã, e ela em volta varrendo, até que prendeu o chinelo em um buraco e caiu sobre a motosserra ligada. Imaginei a cena. O corpo dela caindo lentamente, o irmão a olhando, sem nada poder fazer, com a motosserra acelerada nas mãos. Aquele sangue todo. O sabre rasgando tecidos e ossos. E pior os filhos estavam próximos, e viram tudo. Que dizer? Fiz meu trabalho, levantei o local, tirei foto, vi muito sangue no chão, nas paredes, o chinelo da mulher ainda lá. O marido chorando, as crianças. Enfim... Deixou o marido, três filhos, e o irmão traumatizados. Coitado, ser assassino assim, sem pretender sê-lo. Que culpa. Que drama. Fiz o inquérito, ouvi todo mundo. E após tudo passado partido ao meio fiquei eu.
FSantanna

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

UM ESTUDO RESUMIDO SOBRE VÍTIMAS

TIPOLOGIA DAS VÍTIMAS.
Classificações de Benjamín Mendelsohn (Tipologias, Centro de Difusion de la Victímologia, 2002).
O vitimólogo israelita fundamenta sua classificação na correlação da culpabilidade entre a vítima e o infrator. É o único que chega a relacionar a pena com a atitude vitimal. Sustenta que há uma relação inversa entre a culpabilidade do agressor e a do ofendido, a maior culpabilidade de uma é menor que a culpabilidade do outro.
1 – Vítima completamente inocente ou vítima ideal: é a vítima inconsciente que se colocaria em 0% absoluto da escala de Mendelsohn. É a que nada fez ou nada provocou para desencadear a situação criminal, pela qual se vê danificada. Ex. incêndio
2 – Vítima de culpabilidade menor ou vítima por ignorância : neste caso se dá um certo impulso involuntário ao delito. O sujeito por certo grau de culpa ou por meio de uma ato pouco reflexivo causa sua própria vitimização. Ex. Mulher que provoca um aborto por meios impróprios pagando com sua vida, sua ignorância.
3 – Vítima tão culpável como o infrator ou vítima voluntária: aquelas que cometem suicídio jogando com a sorte. Ex. roleta russa, suicídio por adesão vítima que sofre de enfermidade incurável e que pede que a matem, não podendo mais suportar a dor (eutanásia) a companheira(o) que pactua um suicídio; os amantes desesperados; o esposo que mata a mulher doente e se suicida.
4 – Vítima mais culpável que o infrator.
Vítima provocadora: aquela que por sua própria conduta incita o infrator a cometer a infração. Tal incitação cria e favorece a explosão prévia à descarga que significa o crime.
Vítima por imprudência: é a que determina o acidente por falta de cuidados. Ex. quem deixa o automóvel mal fechado ou com as chaves no contato.
5 – Vítima mais culpável ou unicamente culpável.
Vítima infratora: cometendo uma infração o agressor cai vítima exclusivamente culpável ou ideal, se trata do caso de legitima defesa, em que o acusado deve ser absolvido.
Vítima simuladora: o acusador que premedita e irresponsavelmente joga a culpa ao acusado, recorrendo a qualquer manobra com a intenção de fazer justiça num erro.
Meldelsohn conclui que as vítimas podem ser classificadas em 3 grandes grupos para efeitos de aplicação da pena ao infrator:
1 – Primeiro grupo: vítima inocente: não há provocação nem outra forma de participação no delito, mas sim puramente vitimal.
2 – Segundo grupo: estas vítimas colaboraram na ação nociva e existe uma culpabilidade reciproca, pela qual a pena deve ser menor para o agente do delito(vítima provocadora)
3 – Terceiro grupo: nestes casos são as vítimas as que cometem por si a ação nociva e o não culpado deve ser excluído de toda pena.
3. VITIMOLOGIA, A CIÊNCIA PENAL E O ITER VICTIMAE - PROCESSO DE VITIMIZAÇÃO.
Como aponta Edmundo de Oliveira, "Iter Victimae é o caminho, interno e externo, que segue um indivíduo para se converter em vítima, o conjunto de etapas que se operam cronologicamente no desenvolvimento de vitimização (Vitimologia e direito penal, p.103-4)".
Fases do Iter Victimae, segundo a esquematização elaborada pelo próprio Edmundo de Oliveira em sua obra Vitimologia e o Direito Penal – O crime precipitado pela vítima, 2001, p. 101, in verbis:
Intuição (intuito). A primeira fase do Iter Victimae é a intuição, quando se planta na mente da vítima a idéia de ser prejudicado, hostilizada ou imolada por um ofensor.
Atos preparatórios (conatus remotus) - Depois de projetar mentalmente a expectativa de ser vítima, passa o indivíduo à fase dos atos preparatórios (conatus remotus), momento em que desvela a preocupação de tornar as medidas preliminares para defender-se ou ajustar o seu comportamento, de modo consensual ou com resignação, às deliberações de dano ou perigo articulados pelo ofensor.
Início da execução(conatus proximus) - Posteriormente, vem a fase do início da execução (conatus proximus), oportunidade em que a vítima começa a operacionalização de sua defesa, aproveitando a chance que dispõe para exercitá-la, ou direcionar seu comportamento para cooperar, apoiar ou facilitar a ação ou omissão aspirada pelo ofensor.
Execução(executio) - Em seguida, ocorre a autêntica execução distinguido-se pela definitiva resistência da vítima para então evitar, a todo custo, que seja atingida pelo resultado pretendido por seu agressor, ou então se deixar por ele vitimizar.
Consumação(consummatio) ou tentativa (crime falho ou conatus proximus) - Finalmente, após a execução, aparece a consumação mediante o advento do efeito perseguido pelo autor, com ou sem a adesão da vítima. Contatando-se a repulsa da vítima durante a execução, aí pode se dar a tentativa de crime, quando a prática do fato demonstrar que o autor não alcançou seu propósito (finis operantis) em virtude de algum impedimento alheio à sua vontade.(Edmundo de Oliveira. Vitimologia e dreito penal. 2001, p. 105)
Vitimologia é o estudo da vítima em seus diversos planos. Estuda-se a vítima sob um aspecto amplo e integral: psicológico, social, econômico, jurídico.
1. Estudo da personalidade da vítima, tanto vítima de delinqüente, ou vítima de outros fatores, como conseqüência de suas inclinações subconscientes
2. Descobrimento dos elementos psíquicos do "complexo criminógeno" existente na "dupla penal", que determina a aproximação entre a vítima e o criminoso, quer dizer: "o potencial de receptividade vitimal"
3. Análise da personalidade das vítimas sem intervenção de um terceiro - estudo que tem mais alcance do que o feito pela Criminologia, pois abrange assuntos tão diferentes como os suicídios e os acidentes de trabalho
4. Estudo dos meios de identificação dos indivíduos com tendência a se tornarem vítimas. Seria possível a investigação estatística de tabelas de previsão, como as que foram feitas com os delinqüentes pelo casal Glueck, o que permitiria incluir os métodos psicoeducativos necessários para organizar a sua própria defesa
5. Importancia busca dos meios de tratamento curativo, a fim de prevenir a recidiva da vítima.
Baseado em texto de mesmo nome retirado da Internet