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quarta-feira, 26 de junho de 2013

24 conselhos ao jovem juiz jejuno

1 – NÃO EXISTE PROCESSO DIFÍCIL; EXISTE PROCESSO MAL LIDO. Assim, se vc está encontrando dificuldades, não consegue achar a solução, compreender a causa ou vislumbrar uma solução: pare, respire, faça outro processo, e depois volte ao processo “difícil”. Releia com calma e verá que, dentro dele, havia uma solução – seja processual (no mais das vezes), seja de ordem material (algum documento, um depoimento, uma contradição).

2 – OS PROCESSOS SÃO COMO COBRAS: AS GRANDES DÃO MEDO, MAS SURUCUCU NÃO TEM VENENO PODEROSO. JÁ AS PEQUENAS, COMO AS CORAIS, MATAM. Logo, não tenha medo de processos volumosos: no mais das vezes, é tudo “barulho de folha”, ou seja, são páginas e páginas inúteis, com documentos repetidos ou sem necessidade. Já os pequenos podem ser cruéis: trazem rapidamente a tese, a antítese e pedem sua síntese.

3 – MAGISTRATURA É MEIO DE VIDA, NÃO É MEIO DE MORTE. Assim, nunca deixe de descansar, seja assistindo TV, lendo um livro não-jurídico, jogando videogame, praticando esporte (ou alguma dança) ou fazendo algo mais gostosinho, mas impublicável aqui.

4 – EM DIREITO, TUDO DEPENDE. Não adianta firmar posições, ser inflexível ou acatar apenas uma doutrina. A Vida é dinâmica, e a solução de um caso nem sempre se adequa ao caso semelhante. Isso é equidade e para isso vc, juiz, existe. Por isso, não tema reconsiderar, retratar-se ou, em audiência, chamar “conclusos” para verificar melhor a solução do caso.

5 – PROCESSO É INSTRUMENTO, não é fim em si mesmo. A menos que o erro seja escancarado, criador de uma estrovenga jurídica, busque solucionar o caso por meio das regras de direito material e probatório. Meio adequado é como roupa: às vezes dá para ajustar num corpo imperfeito.

6 – A JUSTIÇA É MAIS IMPORTANTE QUE A COMPAIXÃO. Toda vez que você se compadece e age por dó, você acaba fazendo justiça com o chapéu alheio, isto é, fazendo caridade com o direito da outra parte.

7 – NÃO SEJA MELINDROSO. Quem faz Justiça não deve ter melindres e arroubos de vaidade. Todo mundo tem seu espaço ao Sol, e o tempo de eventual reconhecimento nunca é agora. Só dá para analisar um pintor depois do quadro pintado; um escritor, depois do livro escrito. Um Juiz, depois de concluída a carreira.

8 – TRATE BEM A TODOS: partes, advogados, auxiliares do Juízo, servidores, defensores públicos, promotores de Justiça e os demais colegas. Gentileza gera gentileza, já foi dito.

9 – NÃO SE PREOCUPE EM DEMASIA EM NÃO TER ALGUNS PROCESSOS ATRASADOS NA PLANILHA, pois muitas vezes isso significa apenas que você é cauteloso, estudioso e age com zelo. A dicotomia qualidade x quantidade persistirá eternamente, cabendo a você manter um bom ritmo, que propicie leitura acurada dos autos e o estudo do caso. Isso, contudo, não significa displicência: tente zerar, sem prejuízo da Justiça – que é o que importa.

10 – OLHE PARA AS PESSOAS. A alteridade nos impele a tentar entender as razões do outro, fazendo com que nos coloquemos na pele alheia. Ninguém é julgado pelo que é, mas sim pelo que fez ou faz. Olhar, ver e enxergar são três passos fundamentais ao Juiz.

Por Bruno Machado Miano, Juiz de Direito em Mogi das Cruzes; Surrupiado do Judex, Postado em 14 de outubro de 2012

fonte:http://www.diariodeumjuiz.com.br/?cat=2

terça-feira, 25 de junho de 2013

A PROBLEMÁTICA SOBRE O TRABALHO ESTRESSANTE DOS POLICIAIS CIVIS.

27/05/2013

Por: Elizabete Paiva Valiente - Investigadora de Polícia


Os policiais trabalhadores da Segurança Pública são profissionais que devido à natureza do seu trabalho, são expostos a riscos elevados, e frequentemente adoecem, sofrem acidentes em serviço, risco de morte, morrem ou são afastados precocemente de suas atividades.

O estresse é relativamente o grande causador das doenças consideradas psicossomáticas, ou seja, doença sem causa aparente, de modo que as maiorias dos médicos profissionais, cujo diagnóstico é prejudicado, fazem encaminhamento para um psiquiatra.

Para a Dr.ª Ana Maria Rossi (2008) psicóloga clinica, as suas emoções e a sua saúde física dependem quase que exclusivamente da sua interpretação do mundo exterior. A realidade de cada pessoa é o produto de sua própria criação.

Há conhecimento de situações iguais de policiais, com reações diferentes, isso talvez aconteça por causa do modo com que cada um analisa e enfrenta a situação de estresse.

O desenvolvimento das atividades policiais exige um forte esforço físico e mental, pois para executá-las é necessário se ater, em especial, na visão do Serviço Social, dois importantes quesitos, que são a capacidade de resolver problemas e capacidade de lidar com o inesperado e o perigo. A periculosidade do trabalho policial tem como base o risco, ou seja, a iminência do fato. Trata-se da possibilidade de ocorrência do evento, e este em potencial, não precisa acontecer para estar presente.

Numa situação estressante não é apenas coração que perde. Ele altera o funcionamento de todo o organismo, que fica vulnerável ao aparecimento de diversas doenças. A saúde é de suma importância ao exercício profissional do policial. Desse atributo depende a qualidade de vida e do trabalho do mesmo.

Inclui-se nesse contexto o benefício que a família adquire bem como a instituição e com certeza a sociedade, que da presteza e eficiência do serviço policial dependem.

Vale lembrar um dos atendimentos do serviço social em que num determinado episódio, o policial empreendeu numa prisão de um menor infrator em que houve troca de tiros e perseguição, num dos momentos da operação esse policial se refugiou atrás de uma árvore para não ser atingido pelos disparos. O menor conseguiu fugir, porém o policial depois de refeito, na delegacia, temeu por sua vida, pois tinha atuado erroneamente, nesse caso, sem suporte. Passados alguns meses, desenvolveu síndrome do pânico e depressão.

A saúde é o fundamento necessário a busca de todas as outras condições que fazem do policial, uma pessoa determinada, realizada seja na vida profissional, social e particular.

Tanto os esforços mentais como os esforços físicos estão sujeitas a dinâmica da realidade da prática policial. Se de um lado se pode adquirir o aperfeiçoamento que a práxis propicia, com as oportunidades de exercitar e aprender, de outro pode propiciar desgastes.

Podem constituir motivos de distúrbios psicossociais de físicos, as condições especiais de trabalho a que estão sujeitos os ocupantes dos cargos do quadro de pessoal da Polícia Civil. São diversos os motivos a que podem estar expostos, a periculosidade, risco de vida, insalubridade, atividades penosas A periculosidade tem como base o risco, a iminência do fato. Trata-se da possibilidade de ocorrência do evento, e este, em potencial, não precisa acontecer para se ter presente.

Devido a algumas situações de insalubridade a que possam estar sujeitos, daí surgem doenças, muitas enfermidades podem estar diretamente relacionadas entre si e outras agravadas pela profissão desse trabalhador/trabalhadora ou as condições em que o serviço é prestado, o que possibilita a constatação do nexo causal entre trabalho e doença.

Atualmente a lei da previdência prevê 30 anos de contribuição para ambos os sexos, sem limite de idade. Por outro lado, as mulheres estão no rol daqueles que pedem ajuda. Diferentemente dos homens. Procuram psicólogo para terapia, mastologista para o caroço que apareceu no seio, procuram ajuda espiritual. Sensibiliza-se com o problema da colega. Ajudam-se.

O homem não cuida da própria saúde. Nesse contexto inclui-se o policial homem.

Elaborado por Elizabete Paiva Valiente, Investigadora de Polícia e Assistente Social, lotada na Ceapoc.


fonte:http://www.policiacivil.ms.gov.br/index.php?templat=vis&site=160&id_comp=2053&id_reg=9802&voltar=lista&site_reg=160&id_comp_orig=2053

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Cartilha para os policiais que atuarão em protestos

ter, 18 jun 2013

1. As manifestações têm o povo como protagonista, sem liderança formal estabelecida. A pauta são as insatisfações com o Poder Público, cristalizado nas decisões políticas dos governantes. Você tem este tipo de insatisfação? Considere a resposta quando estiver atuando;

2. A doutrina de policiamento de choque não está sendo utilizada na maioria dos casos. Após algumas ações desastrosas nos últimos dias, os governos perceberam a dimensão das mobilizações e determinaram apenas o acompanhamento e a garantia da realização dos protestos. Não tente bancar o “choqueano” sem necessidade;

3. Sempre que possível, use o diálogo. Mostre que sua presença e a presença policial visa garantir que a manifestação ocorra, e não reprimir desnecessariamente a liberdade de expressão da população;

4. Seja simpático. Aceite as flores dos manifestantes. Se conveniente, sorria. Se seguro e adequado, pose para fotos caso seja convidado. Simbolize a polícia ao lado do povo;

5. Não tome atitudes isoladas de repressão. Caso alguém aja com extremismo, lembre que a esmagadora maioria está ali para reivindicar pacificamente, de modo que a agressão a quem não está praticando violência será uma grande injustiça;

6. Não descuide de sua segurança. Há sempre a possibilidade do policial ser tomado como símbolo do Estado, e algum extremista tentar lhe agredir. Esteja sempre atento;

7. Lembre que o mesmo Estado que afaga atualmente as manifestações (por verem sua força), tentou reprimi-las recentemente. A equação política, agora, está invertida: quem tentar reprimir as manifestações não receberá afagos;

8. Caso precise reprimir violência lembre de ser proporcional, justo e moderado;

9. Se informe sobre o que está acontecendo. Como policial, você tem um grande potencial de mudança de paradigmas e posturas junto à sociedade;

10. Você faz parte das manifestações. Provavelmente defende as mesmas causas (ou tem as próprias causas a defender). Nos protestos, a diferença entre você e os demais cidadãos é funcional: você garante a segurança para que os protestos ocorram. Os demais falam, gritam, suspendem bandeiras e cartazes.



Autor: Danillo Ferreira - Tenente da Polícia Militar da Bahia, associado ao Fórum Brasileiro de Segurança Pública e graduando em Filosofia pela UEFS-BA. |

fonte:http://abordagempolicial.com/2013/06/cartilha-para-os-policiais-que-atuarao-em-protestos/

quarta-feira, 19 de junho de 2013

CARTA DO 22º CURSO. SEMINÁRIO E WORKSHOP SOBRE A LEI MARIA DA PENHA. CAMPO GRANDE- MS

Participantes do 22º CURSO - Seminário e Workshop sobre a Lei Maria da Penha, realizado nesta Capital nos dias 16 e 17 de maio de 2013, promovido pela EJUD-MS apresentam conclusões
 18/06/2013 | Katiuscia Ferreira de Menezes
 Os participantes do 22º CURSO - Seminário e Workshop sobre a Lei Maria da Penha, realizado nesta Capital nos dias 16 e 17 de maio de 2013, promovido pela Escola Judicial do Estado de Mato Grosso do Sul - EJUD-MS, em parceria com a Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, em reunião plenária, apresentam as seguintes conclusões acerca da Lei Maria da Penha:
1. O sistema de proteção previsto na Lei Maria da Penha não se coaduna com as regras formais previstas no CPC para a concessão das medidas cautelares em geral;
2. As medidas protetivas de urgência devem perdurar enquanto produzirem efeitos as decisões proferidas no processo cível ou penal;
3. As medidas protetivas de urgência podem ser deferidas com suporte unicamente nos dados constantes do boletim de ocorrência, desde que relate adequadamente os fatos e revele situação de perigo para a ofendida;
4. É possível a substituição das penas privativas de liberdade por restritivas de direito no âmbito da Lei Maria da Penha, observadas as diretrizes do art. 44 do Código Penal e desde que não seja cesta básica ou outras de prestação pecuniária (art. 17 da Lei 11.340/06);
5. No âmbito da Lei 11.340/06, aplicam-se as medidas previstas no art. 319 do Código de Processo Penal em substituição à prisão preventiva, por ser compatível com os princípios da Lei Maria da Penha.

(a) Juiza Simone Nakamatsu
(a) Coordenardora do 22º Curso Des. Ruy Celso Barbosa Florence
Diretor-Geral da EJUD-MS e Coordenador da Coordenadoria Estadual da
Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar


fonte:http://www.policiacivil.ms.gov.br/index.php?templat=vis&site=160&id_comp=3631&id_reg=207759&voltar=home&site_reg=160&id_comp_orig=3631
 

Círculo vicioso do crime: trauma que mata

Autor: Jesseir Coelho de Alcântara
Bandidos impunes, população descrente; polícia ineficiente, poucos casos chegam ao Poder Judiciário; penas brandas, criminosos soltos; denúncia fraca, justiça lenta e suspeitos livres. Esse é um círculo vicioso que vemos todos os dias e não é novidade para ninguém. Isso gera um enorme trauma para a sociedade e cria uma cicatriz na alma das vítimas numa situação calamitosa. Para milhões de brasileiros nunca termina o terror. O problema crucial é quando isso vira um ciclo.
Goiânia não escapa desse vício nefasto e registra recorde de assassinatos no ano em curso, quase todos ligados ao uso e envolvimento de drogas, apesar do esforço hercúleo das autoridades em combater.
“A situação do nosso País é alarmante: é muito baixa a elucidação dos crimes e, com isso, a impunidade se torna incentivo ao delito”, afirmou o Ministro da Justiça. Isso é extremamente preocupante, mormente partindo de um representante do governo federal. Enquanto isso, impera o clima de desobediência às leis e reina na mente dos infratores e criminosos a ideia da impunidade, que os levará a cometer mais e mais infrações e crimes.
O delito está ditando o comportamento dos brasileiros e as pessoas estão deixando de sair de casa no período noturno por temor. O medo tomou conta também dos goianienses devido ao crescimento de roubos de veículos, arrastões em estabelecimentos comerciais, homicídios e tráfico de drogas. Mapear o crime é considerado por especialistas um ponto elementar para melhor combatê-lo. A notificação dos ilícitos por parte dos ofendidos é fundamental para mapeá-los.
Uma grande questão é que o círculo aumenta porque os crimes estão na zona de conforto. Isso significa que a própria vítima colabora para o resultado. Muitas andam expostas e são atacadas quando estão nas proximidades de sua casa e estão relaxadas e despreocupadas. Algumas, porque como são usuárias de entorpecentes e não pagam a dívida da compra dos produtos, certamente sabem que pagarão o débito com a própria vida. Outras, deixam de fazer o registro de ocorrência na polícia por desacreditar que serão solucionados os crimes ou por receio de enfrentar a burocracia das delegacias e/ou exposição pública.
É preciso aprimorar e modernizar as instituições de investigação criminal, desde a polícia civil até o Poder Judiciário. Políticas públicas, como educação e conscientização, necessitam de seriedade, aplicabilidade e efetividade. De modo geral, os serviços na área de segurança pública se mostram ineficazes e ineficientes.
Assim, as curvas decrescentes dos crimes, nas estatísticas, precisam mudar de posição e  cair na prática. Entretanto, carecem de sair do papel e da verborreia e ter ações mais contundentes para solapar esse círculo vicioso do crime. Deixar de ser trauma que mata, para ser desejo cumprido, que é árvore da vida.

fonte: http://www.policiacivil.go.gov.br/artigos/circulo-vicioso-do-crime-trauma-que-mata.html

Policiais civis ministraram palestra para alunos do ensino fundamental sobre o trabalho policial em Mata

 A Delegacia de Polícia Regional de Mata, da 21ª DPR/RS, em parceria com acadêmicas do curso de Pedagogia da Universidade Federal de Santa Maria, dando continuidade ao Projeto Polícia Pedagógica, ministrou palestra na Escola Municipal São José, no interior do município, nesta terça-feira (18/06).
A platéia era cerca de 50 alunos da 6ª a 8ª série que ouviu sobre diferentes temas do trabalho policial, no sentido de prevenção da violência assim como difundir informações úteis aos alunos, professores e comunidade. Dentre os assuntos abordados: funcionamento de uma Delegacia de Polícia, pedofilia, crimes no meio rural, bullying e drogas.

Fonte: Delegacia de Polícia de Mata RS

terça-feira, 18 de junho de 2013

Uma sexta-feira na vida de um polícia de campanha


Começa mais uma sexta-feira na cidade de pedra, e meu único desejo é que o dia passe o mais rápido possível, pois à tardinha finalmente após 15 longos dias posso ir para casa, ver minha família e amigos, já que pela cidade ser pequena, trabalhávamos no sistema de sobreaviso, que me forçava a ficar  sem ir para casa, as vezes até por um mês. 
Pela manhã o único compromisso é cumprir um MBA (mandado de busca e apreensão) na casa de um receptador “chinelinho”, que é primo de um outro ladrãozinho que estamos de olho. Então como o efetivo é de apenas dois policias aqui na DP, vamos pedir apoio a nossos co-irmãos da brigada militar, coisa estranha para policiais de cidade maiores, pela antiga rixa entre as instituições, mas aqui, por incrível que pareça civil e brigada são quase uma coisa só, já cheguei a ficar sozinho um mês na DP e quem me ajudava a intimar e fazer qualquer serviço de rua eram os brigadianos.
Estamos chegando ao quartel da brigada, e aparece do nada a oficial de justiça, nos aborda dizendo que tem um mandado de prisão a cumprir. OK. Ela tem mais uma voltas para dar pelo interior, e combinamos de cumpri-lo à tarde. E lá vamos nós em duas viaturas cumprir o dito MBA, na casa dos chinelos. 
A primeira casa: um cafofo de madeira, na beira da estrada, casa de interior é assim, quem conhece sabe, interior tem dessas coisas, estrada de terra, esburacadas e muito barro no inverno, mas tudo bem. Então estou eu a revirar o guarda-roupa do vago. Cuidando para que não se desmanche em minhas mãos, troço, velho, podre, fedido. Pego um saco e de dentro dele salta um rato, mas... Um rato criado. Vida de polícia tem dessas coisas, a gente acaba se acostumando. Ainda avistei uns dois ratos no meio das roupas mais aí já estava precavido, tirei todas aquelas roupas imundas de dentro do roupeiro, e não achamos nada, até que pego um saco de estopa e aí sim... Formigasss...  Milhões de formigas, e eu sem luvas! Um saco que era só formigas e uns panos brancos sujos dentro. Nessa casa não achamos nada, na outra, do irmão do chinelo, também não. A única coisa que achei foi uma Variant, pura ferrugem que o vago disse recém ter comprado, deve ter comprado no ferro velho só pode. Nem sempre se logra êxito neste tipo de diligência, mas sem tem uma próxima vez. 
Desse MBA nada de especial, a única coisa que me ficou foi aquela imagem das formigas saindo do saco, com certeza iria sonhar com formigas naquela noite. 
A tarde mais umas oitivas! Na quarta passada tinha ocorrido um furto mirabolante a banco, e essa oitiva foi a mais rápida, durou uma hora e meia, e eu já cansado, dia quente, e nem banho havia tomado, todo suado, enfim... 
São cinco horas e eu só pensando em ir para casa, e quem chega? 
A oficial de justiça! E eu que tinha dentista às 18 horas...
Combinamos tudo, e ela disse que iria na frente, ver se o cara estava em casa, e nos chamaria caso precisasse, não queria que ele visse as viaturas para não se assustar e fugir. Pegamos mais um brigadiano de reforço e vamos, a oficial de justiça de táxi. Chegamos na fazenda onde iriamos efetuar a prisão, a oficial vai na frente, e nós escondidos com a viatura atrás, e aí vem o taxista correndo e gritando:
- Ele tá fugindo! Ele tá fugindo! 
Saímos em disparada o brigada voando na frente e eu atrás, sem saber para que lado. Não vimos pra onde o cara correu, só vejo a oficial dizendo:
- Ele me disse que ia pegar umas roupas e fugiu. 
É fomos ingênuos achando que seria fácil, e no fim o sujeito se apavorou e fugiu. 
O jeito é se virar em pernas. Me embrenho no mato fechado, atrás do fujão, com arma em punho, e pensando: “Será que esse cara correu pra pegar uma arma e esta nos esperando no meio das arvores?” A essa altura não adiantava pensar muito, era ir atrás ou deixar o mandando para outro dia. Mas não paramos pra pensar. 
Já havia perdido o brigadiano de vista, minha colega fez a volta de carro, para ver se o sujeito saia para a estrada. E me vejo completamente sozinho, ainda bem que era policia novo, e o treinamento recebido na academia ainda estava fresco na mente.
Vou andando rápido com o peito acelerado, tentando controlar a ansiedade. Acaba o mato e tem um campo aberto e lá em frente, bem a frente, após um banhado um cara andando. Será o vago? Não sei... Não vi ele fugir, não sei como ele é (outro erro, não puxamos a foto do elemento antes de cumprir o MBA), vou me aproximando, ele me vê e começa a correr novamente, e eu sozinho, sem cobertura alguma, nessa situação não tinha outro jeito. 
- Polícia parado!!!
Ao contrário do que ensinam na acadêmia de polícia, ele não parou! E agora? 
Continuo correndo, me jogo feito um boi no banhado, eu de tênis novo,  fico com barro até o peito, coração na boca, saio do banhado, mais uma corrida de 500 metros (por isso é importante estar sempre bem preparado fisicamente) e alcanço o vago:
- Mão na cabeça, deita, deita!!
Novamente ele não acata as ordens, não quer deitar. E na cabeça só me vem... Estágio probatório... Estágio probatório.... Atirar realmente não seria uma boa opção, poderia me trazer muitos problemas. 
Tento ficar calmo, controlar a raiva, desse infeliz ter me dado tanto trabalho, e digo que nada vai acontecer se ele se entregar. Até que ele diz:
- Eu me entrego.
- Então põem as mãos pra trás.
- Não vô por, to me entregando.
- Tenho que te algemar.
- Não vo por algema, vo na boa.
Aham... O cara fugiu, resistiu, só parou por que alcancei ele. Nada até agora tinha sido na boa, porque mudaria?
 - Vai andando.
Ele na frente e eu atrás, a uma distância segura, dedo fora do gatilho, e arma apontada a 45 º, mesmo assim com toda atenção, pois, se esse cara avança em mim não tenho outra opção se não atirar, se pega minha arma a coisa iria ficar feia. O cara é grande e gordo. 
E via nos olhos dele que a única coisa que queria era um descuido meu. Com o celular na mão falou que queria ligar para o irmão, para ele chamar o advogado:
- Anda, anda... Tu ta folgando. 
Nisso aparece o brigadiano, e ao me ver vem correndo se atira no banhado. E sem mais delongas agarra num braço do “xarope”, e eu o outro, e passa uma rasteira, e o vago cai com tudo de cara no barro, coisa mais linda!  E já caímos por cima dele, o imobilizando. Parece um porco chafurdando na lama, só vejo ele levantando tapado de barro. Aí finalmente se acalmou, o algemamos, e colocamos na viatura. É como diz o ditado, “amigo que é amigo, não é o que aparta a briga e sim aquele que já vem dando “voadera”!” 
Depois disso, fazer exame de lesão, “um quadro” é “perambularmos” com o cara pelo centro da cidade, ele tapado de barro dos pés a cabeça “só com os óinho de fora”, parecendo uma “nega maluca”, pra fazer o tal exame. 
Finalmente às 20 e 30 deixamos ele no presídio, e voltamos pra base, eu, minha colega e o brigadiano. 
Apesar de extremamente cansado, e sujo dos pés a cabeça, valeu a pena, pois, fiz meu trabalho, mesmo sabendo que havia cometido vários erros, tem coisa que só se aprende na prática, mas pelo menos no final o que importa a maior recompensa é a consciência de ter feito tudo possível para cumprir minha função.

domingo, 16 de junho de 2013

O bem da humanidade


"O bem da humanidade deve consistir em que cada um goze 

o máximo de felicidade que possa, mas sem diminuir a 

felicidade dos outros"

(Autor: Desconhecido)


fonte: site é Bom ser do Bem

terça-feira, 11 de junho de 2013

Bullying ''FELIPE'' Altas Horas


Propostas alternativas para prevenção da criminalidade ganham força em Caxias do Sul


09/06/2013 

Integração entre instituições e Justiça Restaurativa são as bases de projetos
Voluntário da Defesa Civil Jober Lopes Vieira está empenhado em tornar a cidade menos violenta, mas esbarra nas deficiências da rede
Foto: Porthus Junior, Agência RBS
Adriano Duarte e Silvana de Castro
Jober Lopes Vieira é voluntário da Defesa Civil em Caxias do Sul. Aos 17 anos, ele já socorreu baleado, ajudou na recuperação de dependente químico, alertou banhistas sobre riscos de afogamento e colaborou no acolhimento de vítimas de tragédia, como no incêndio que destruiu casas na Vila Sapo, em agosto do ano passado.

Apesar da pouca idade, o adolescente está empenhado em tornar a cidade menos violenta. Mas ele tem uma frustração: constatou a deficiência da vasta rede de apoio da cidade. Em janeiro, ele e a equipe da força-tarefa contra o crack identificaram uma mulher que queria tratamento para se livrar do vício.

A dependente foi encaminhada para o Centro de Atenção Psicossocial Reviver (Caps). De lá, orientaram que a mulher fosse atendida no Postão 24 horas para um exame de raio x.

— Fiquei lá ao lado dela até a noite, dando força. Fizemos raio x. Chegamos no Caps de novo às 21h05min, e não aceitaram ela. Quando eu fui pela primeira vez, ninguém me falou que precisava de um mandado do postão encaminhando ela para o Caps. Ninguém me avisou nada. Ela me olhou, começou a chorar e me falou a seguinte frase: como é que vocês querem me ajudar se vocês não se ajudam. E hoje está usando crack de novo — relatou o adolescente.

A falta de comunicação entre as instituições públicas é um dos desafios para os próximos anos. Agumas iniciativas, porém, merecem crédito. Desde segunda-feira e até outubro, policiais, agentes da área de segurança, guardas municipais, líderes comunitários, assistentes sociais, profissionais da saúde e representantes de ONGs participam da capacitação Gestão de Processos de Pacificação Social. Um dos integrantes do curso é Jober.

A ideia é estimular a criação de planos de prevenção da violência. Para isso, os vínculos entre os órgãos e entidades que integram a rede precisam ser estreitados. A capacitação, oferecida a 500 pessoas, integra o projeto Gestão Local da Violência e Criminalidade, elaborado pela Guarda Municipal em 2011, em um convênio entre o governo federal e o município. O projeto tem como princípio que a prevenção da violência não é atribuição exclusiva das forças policiais.

A outra alternativa para a pacificação social é a Central de Práticas Restaurativas do Juizado da Infância e Juventude, inaugurada na Universidade de Caxias do Sul. Ali, adolescentes e seus familiares poderão resolver pequenos conflitos sem a necessidade de abertura de um processo na Justiça. Essa mudança só foi possível graças a um pacto firmado entre promotores, Juizado da Infância e Juventude, Guarda Municipal, defensores públicos, Brigada Militar, prefeitura e Polícia Civil.

— Para restaurar a paz, precisamos reinventar a justiça. Precisamos construir uma justiça que cura ao invés de ferir, uma justiça que dialoga ao invés de impor, que promove encontros e não perseguições — diz um dos idealizadores da proposta, juiz Leoberto Brancher.

Ainda é cedo para saber se esse é o caminho para devolver a tranquilidade em uma cidade marcada pela violência. Mas os primeiros passos foram dados

fonte:http://pioneiro.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2013/06/propostas-alternativas-para-prevencao-da-criminalidade-ganham-forca-em-caxias-do-sul-4163339.html

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Abertas as inscrições para o concurso público da Polícia Civil


Estão abertas as inscrições para o concurso público que irá reforçar o quadro de carreiras da Polícia Civil do Rio Grande do Sul. A Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH) divulgou nesta segunda-feira, 10, o novo edital do concurso público da corporação. As inscrições serão realizadas somente através do site da FDRH (www.fdrh.rs.gov.br). 

O período das inscrições inicia nesta segunda-feira, tendo seu prazo limite até o dia 10 de julho. A taxa é de R$ 137,19. Os candidatos que realizaram as inscrições no período de 23 a 25 de maio, com base nos editais revogados (001/2013 e 002/2013), e desejam permanecer no certame, deverão fazer nova inscrição sem a necessidade de efetuar outro pagamento. 

Para o certame serão selecionados 350 Escrivães e 350 Inspetores, ambos de primeira classe, além formar cadastro reserva. É necessário ter nível superior e o salário inicial é de R$ 2.827,28. O concurso será composto por duas etapas. A primeira irá envolver provas de capacitação intelectual e física; redação; exames de saúde; avaliação de aptidão psicológica para o cargo e da vida pregressa. Já a segunda etapa consiste no curso de formação profissional, que será através da prova de caráter eliminatório a ser realizado pela Academia de Polícia Civil. 

Serão reservadas 10% das vagas aos candidatos com deficiência física; sendo 35 delas para o cargo de Escrivão de Polícia e outras 35 para o cargo de Inspetor de Polícia. No dia 28 de junho será divulgado no site da FDRH (www.fdrh.rs.gov.br), e da Polícia Civil (www.policiacivil.com.br), um comunicado informando os nomes dos candidatos com deficiência que estarão isentos do pagamento da taxa de inscrição. 

Representando um percentual de 16%, serão destinadas 112 vagas aos candidatos negros e pardos; sendo 56 vagas para o cargo de Escrivão de Polícia, e 56 vagas para o cargo de Inspetor de Polícia. 

Para mais informações o candidato deverá consultar Edital Nº 04/2013, já disponível no site da FDRH www.fdrh.rs.gov.br

fonte:http://www.fdrh.rs.gov.br/

quarta-feira, 5 de junho de 2013

McAfee adverte para aumento de circulação de vírus em redes sociais

04/06/2013 

Empresa alertou para um malware chamado Koobface, responsável por roubar senhas do Facebook e Twitter

A empresa de segurança informática McAfee Labs indicou nesta segunda-feira um aumento da circulação de programas de computador maliciosos desenhados para roubar senhas nas redes sociais como Facebook e Twitter. A McAfee citou um aumento significativo de um vírus de redes sociais chamado Koobface e um aumento espetacular de mensagens indesejadas nos três primeiros meses de 2013.

Segundo o relatório trimestral da companhia sobre ameaças globais, variedades do Koobface, inseridas em um jogo de ortografia no Facebook, quase triplicaram no primeiro trimestre deste ano com relação aos três meses anteriores. O vírus é projetado para entrar nas redes sociais das pessoas, usando mensagens para enganar amigos dos usuários para que estes instalem o código em seus computadores que, em seguida, os hackers conseguem usar com fins maliciosos.

- Os criminosos cibernéticos se deram conta de que as informações pessoais e empresariais são a moeda de sua economia hacker. A ressurreição do Koobface nos lembra que as redes sociais continuam sendo uma oportunidade importante para interceptar informações pessoais - afirmou o vice-presidente da McAfee Labs, Vincent Weafer.

Esta ação maior do Koobface se soma a um aumento contínuo no número e na complexidade dos ataques, sobretudo no setor financeiro, projetados para roubar informação que os criminosos podem usar em proveito próprio, informou a McAfee.

fonte:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/economia/tecnologia/noticia/2013/06/mcafee-adverte-para-aumento-de-circulacao-de-virus-em-redes-sociais-4159241.html

terça-feira, 4 de junho de 2013

Procon-SP lista 71 novos sites não recomendados para compras na web


Listagem já soma 275 endereços que devem ser evitados desde 2011.
Há informações com nome da empresa, CNPJ ou CPF.

Do G1, em São Paulo 


A Fundação Procon-SP divulgou nesta segunda-feira (22) lista com novos 71 sites não recomendados para compras na internet. Com isso, a listagem do órgão com endereços eletrônicos que devem ser evitados pelo consumidor já soma 275 desde 2011.

A lista está disponível na página do Procon, no link “Evite esses sites” (http://www.procon.sp.gov.br/pdf/acs_sitenaorecomendados.pdf). Há o endereço eletrônico em ordem alfabética, razão social da empresa e número do  CNPJ ou CPF, além da condição de “fora do ar” ou “no ar”.

A Fundação Procon informa que recebeu reclamações desses sites por irregularidades na prática de comércio eletrônico, principalmente por falta de entrega do produto adquirido pelo consumidor, sem resposta deles para a solução do problema.

"Esses fornecedores virtuais não são localizados, inclusive no rastreamento feito no banco de dados de órgãos como Junta Comercial, Receita Federal e Registro BR, responsável pelo registro de domínios no Brasil,  o que inviabiliza a solução do problema apresentado pelo consumidor", diz, em nota, Paulo Arthur Góes, diretor-executivo do Procon-SP.

O diretor salienta que é preocupante a proliferação desses endereços eletrônicos mal- intencionados, que em alguns casos continuam no ar, lesando o consumidor. “Denunciamos os casos ao Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) e ao Comitê Gestor da Internet (CGI), que controla o registro de domínios no Brasil, mas o mais importante é que o consumidor consulte essa lista antes de fechar uma compra pela internet”, salienta, na nota.

fonte: G1