Face:

https://www.facebook.com/ideariopolicial

Translate

terça-feira, 16 de julho de 2013

Mata a cobra e mostra o saco


No interior maior parte do trabalho do policial é apartar brigas e rixas familiares. Pra eles tudo é caso de policia, é homem que vai anunciar na DP que sua mulher saiu de casa para morar com outro, acreditando existir ainda o abandono de lar. Na verdade apenas é uma boa forma de me avisar em primeira mão que é o mais novo corno da cidade. È gente brigando por limite de terras, pai querendo conselho para o filho, briga de casal, e etc. Mas teve um mês que uma família se desentendeu, e viviam na delegacia. Era a nora que não se dava com os sogros e vice versa. Moravam um de frente pro outro e não podiam se ver. Na família ninguém era flor que se cheirasse, todos suspeitos de pequenos furtos na região; além de outros registros como ameaças e até algumas lesões corporais. A nora essa era uma fera, e conhecida na localidade por já ter corrido muito marmanjo, que tentara se passar com ela. Qualquer coisa era motivo para puxar do facão e se fazer respeitar. E por isso se “provalecia”, desaforava a sogra, o sogro, batia no marido, e quem mais lhe desse na telha. E toda vez que via os sogros, os corria a estouros de facão. Mas a sogra também não era fácil, e depois de pegar certa distancia, xingava a nora e lhe enchia a pedradas. E cada encontro desses era um registro na delegacia, que no fim eram quase diários. A nora dizia que a sogra lhe chamava de vagabunda, suja, e etc. E a sogra também se queixava das ofensas e ameaças da nora. Até ai só chatice de policia do interior, até que um dia a nora veio na DP dizendo que a sogra havia colocado cobras em seu pátio, para matá-la, e queria providencias. Respondi que não tinha como confirmar o fato, até por que ela apenas suspeitava, e não tinha visto a velha fazer isto, pois sua casa era quase no meio do mato, num brejal, o que propiciava a existência de cobras no local. E expliquei também que para retirar as cobras só chamando o IBAMA ou algum órgão competente, e isso poderia demorar. A mulher não gostou de minha resposta e saiu da delegacia contrariada, rosnando. No outro dia me aparece á dita cuja novamente, com uma sacola na mão, e gritando: - Olha! Não precisa mais chama o IBAMA, não. Não entendi nada, até que a maluca, abre aquele saco fedorento e me mostra umas três cobras mortas. Putz! Essa era faca na bota, matava a cobra e mostrava o saco com as cobras mortas.

Nenhum comentário :

Postar um comentário