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quarta-feira, 15 de maio de 2013

Resenha: O VOLUNTARIADO E O ATIVISMO SOCIAL: Caminhos para a participação no desenvolvimento humano



Áreas em comum entre o Voluntariado e o Ativismo Social
O estudo de base mostra que há três áreas em comum entre o voluntariado e o ativismo social.
Primeiro , ambos promovem oportunidades para a participação de pessoas em situações e circunstâncias bastante diversas. Além disso, tanto o voluntariado como o ativismo refletem uma
escolha pessoal de se envolver na comunidade e na comunidade. O que é significativo é que ambos atraem pessoas diferentes, em ocasiões diferentes, proporcionando-lhes um rico leque de oportunidades para se envolverem com ações capazes de contribuir para a mudança social positiva.
O estímulo para agir varia desde um desejo de ajudar os outros, atendendo necessidades básicas como comida, abrigo e água potável, até o interesse em mudar políticas, sensibilizar e empoderar grupos desamparados. Embora essas ações possam ser realizadas por diversos motivos, desde o altruísmo até o interesse próprio, o que une as pessoas é o desejo em comum de serem cidadãos ativos – de doar e também de tentar mudar as condições que causam o sofrimento humano.
Segundo, o estudo de base mostra que tanto o voluntariado como o ativismo social podem ser significativos e voltados para a mudança. Alguns entrevistados percebem o ativismo social
como uma tentativa proposital de mudar uma realidade social, e encaram voluntários como pessoas que não necessariamente querem mudar o status quo. Contudo, isso também demonstra
que, assim como o ativismo social, o voluntariado também pode ser significativo e voltado para a mudança.
Por exemplo, existe o ponto de vista de que o desejo de promover mudança é um elo comum entre o ativismo social e o voluntariado: ambos são motivados pelo “desejo de contribuir para mudanças nas comunidades em que atuam”, disse o fundador e diretor executivo da organização Volunteering Development Cameroon. Reforçando essa idéia, o diretor da Volunteering Development Agency da Irlanda do Norte destaca que voluntários que querem cuidar de pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA) “doam seu tempo para prestar serviços, [mas] todos também querem mudar atitudes e promover os direitos [de PVHA e suas famílias que muitas vezes sofrem discriminação]”. De modo geral, tanto voluntários como ativistas são vistos como sendo motivados por uma paixão e por um compromisso para com uma determinada causa. Conforme percebe a coordenadora da Rede de ONG de Trindade e Tobago para o Progresso das Mulheres, às vezes isso inclui um compromisso compartilhado “com a mudança, com a mudança social sustentável”.
O voluntariado e o ativismo social não são apenas veículos importantes para o desenvolvimento; também são importantes para o desenvolvimento participativo. Ao falar sobre a importância do envolvimento de cidadãos comuns ao redor do mundo em processos de desenvolvimento, o excoordenador
executivo do programa de Voluntários das Nações Unidas, Ad de Raad, disse, “Esforços por parte dos governos nacionais em cumprir as Metas de Desenvolvimento do Milênio, mesmo quando apoiados pela comunidade internacional, terão um impacto limitado se não houver contribuições significativas pelo voluntariado. Os beneficiários de serviços precisam estar diretamente envolvidos nos eventos e nos processes que afetam suas vidas. Seu envolvimento ativo e o envolvimento de milhões de outras pessoas como eles são a chave para atingir as Metas de Desenvolvimento do Milênio”.

COMO O VOLUNTARIADO E O ATIVISMO SOCIAL PROMOVEM A PARTICIPAÇÃO
Em sociedades democráticas, um dos desafios para a participação das pessoas é a promoção de um ambiente em que indivíduos de todas as áreas sociais sejam incentivados a participar de questões locais, nacionais e internacionais – questões sociais, econômicas e políticas – no período entre uma eleição e outra . A participação cívica toma formas diferentes e ajuda a construir confiança e transparência entre os cidadãos e o estado. Também contribui para a inclusão social e a construção da coesão social dentro de comunidades. Em estados não-democráticos e autoritários, a falta de interação entre os cidadãos e o estado reflete a falta de participação, confiança e transparência. O desafio neste caso é o reconhecimento da contribuição das ações dos cidadãos, por menores que sejam, para o resgate e para a abertura do espaço em que se possa criar uma realidade social mais justa, mais inclusiva e mais eqüitativa.
Tanto o voluntariado quanto o ativismo social têm um papel a desempenhar na promoção de uma participação maior na sociedade. Nas palavras da ex-presidente da IAVE, Liz Burns, “Sabemos que as MDM não podem ser alcançadas sem o envolvimento ativo dos cidadãos do mundo como voluntários e ativistas. Portanto, precisamos trabalhar juntos para desmantelar barreiras como aquelas que ainda existem entre ‘voluntários’ e ‘ativistas’”.
O estudo de base revelou que o ativismo social e o voluntariado se complementam e se apóiam de quatro maneiras diferentesna promoção da participação, conforme descritas abaixo.

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